Da coluna de Arnaldo Jabor, no JC de hoje …
O Brasil não se salvará com planos messiânicos ou ideias gerais de “epopeias de Cecil B. de Mille”, sejam elas epopeias operárias ou epopeias neoliberais.
O ‘óbvio ululante’ é limpar a casa e cuidar do detalhe, do enxugamento do Estado, “chupando a carótida dos chefes das Estatais como tangerinas” quando se mostrarem obviamente ladrões ou favorecendo correligionários, como vemos todo dia.
Salvar o Brasil é óbvio, tão simples e puro como a prosa do NR – é só pensar no presente e não sonhar com um futuro impossível.
O PMDB, por exemplo, é um partido que extirpou o canalha e instituiu o pragmatismo dos delitos permitidos, de modo a nos anestesiar com a impossibilidade de solução ou de punições.
A extraordinária entrevista de Jarbas Vasconcelos, fundamental para o país, teve ate o sabor de algo arcaico, nostálgico dos parlamentos do Império.
Seus colegas velhacos até riram da “inatualidade” de seu gesto – que coisa “antiga” denunciar ladrões…
O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-lata e protestar, como fez agora com sucesso na tentativa de assalto à mão armada do PMDB ao fundo Real Grandeza de Furnas.
Não conseguiram.
Porque como Nelson dizia: “consciência social de brasileiro é medo da polícia.” E, agora sabemos, da opinião pública também.