A cirandeira Lia de Itamaracá ficou no prejuízo ao apresentar-se nos eventos em que recebeu homenagens tanto da Prefeitura do Recife, quanto da Fundarpe.

A denúncia é da produção de Lia, que até agora ainda não viu a cor do dinheiro para pagar os músicos extras vindos de Natal, os custos de uma exposição fotográfica, alimentação e transporte na ocasião das apresentações que aconteceram em novembro e dezembro do ano passado.

O produtor e empresário Beto Hees denuncia que existe um “descaso com a cultura popular” e por isso o atraso de mais de quatro meses no pagamento do cachê da cirandeira. “Nós temos que nos humilhar, nos expor, correr atrás e cobrar uma coisa que é nossa de direito, o recebimento do salário por um trabalho executado.

Não é só o caso de Lia, mas de muitos outros artistas da cultura popular em nosso Estado”, reclama.

De acordo com Hees, a PCR deve R$ 27 mil por três shows - o cachê acertado foi de R$ 9 mil pela apresentações natalinas realizadas no Marco Zero, Pátio de São Pedro e Sítio da Trindade.

A dívida da Fundarpe é menor, R$ 11 mil por três apresentações e custos de exposição fotográfica. “Sabemos que muitos artistas do sul já receberam pelos shows do Carnaval, enquanto ainda aguardamos pagamento de novembro.

Você vai na Fundarpe e Prefeitura cobrar, eles dizem que amanhã resolvem e até agora nada”.

As apresentações mencionadas pelo produtor eram em homenagem à Lia. “O que é ser embaixadora e o que a Fundarpe pensa disso?

Lia é melhor recompensada fora do Estado do que aqui”, alfineta.