MST passa de todos os limites Por Terezinha Nunes, deputada estadual do PSDB A semana terminou com o país perplexo diante do assassinato de quatro seguranças de uma fazenda de São Joaquim do Monte por integrantes do MST.
Há muitos anos o MST, que surgiu como um movimento legítimo a favor da Reforma Agrária, transformou-se em abrigo de pessoas de todos os matizes, inclusive foragidos da polícia que penetram no movimento para se esconder.
Isso não é segredo para ninguém.
Nem para o Governo Federal, nem para a Polícia e nem para a Justiça.
Mas, com o aval do Governo Lula que até agora já destinou R$ 50 milhões para o movimento, ele foi crescendo em número de integrantes e em ousadia.
Começou invadindo propriedades improdutivas que eram depois desapropriadas pelo INCRA mas depois passou a invadir as produtivas também, como, tudo indica, é o caso da fazenda de São Joaquim do Monte.
Neste caso, não se sabe porque, a justiça deu por nove vezes a reintegração de posse aos proprietários, o que demonstra que eles têm direito às terras, o INCRA soube sempre que não poderia desapropriar a área, e nenhuma providência foi tomada.
Deu no que deu.
Um movimento que age desta forma precisa ser enfrentado com coragem e determinação e isso é o que parece estar faltando no caso do MST.
Mas há uma luz no fim do túnel.
Existe um estado brasileiro que vem agindo diferente dos demais em relação ao movimento e que vem se dando bem. É o Rio Grande do Sul.
A governadora Yeda Crucius (PSDB) fez valer sua autoridade e manda a PM fichar todo sem-terra que age ilegalmente, seja invadindo terras produtivas, seja promovendo baderna.
Sabendo que quem pratica um crime é réu primário mas quem pratica dois vai para a cadeia, os sem-terra do Rio Grande só costumam ser fichados uma vez.
Quando a Polícia registra o primeiro ilícito eles desistem das invasões ou passam a agir dentro da lei.
Simples, não?
Os demais governadores deveriam agir desta forma e o Governo Federal deixar de liberar a fundo perdido recursos públicos para um movimento que, não só está espalhando o pânico pelo país, como desafiando os poderes constituídos como fez esta semana José Rainha – preso várias vezes – que tentou desmoralizar o presidente do Supremo, Gilmar Mendes.
Quando a coisa chega a este nível não dá mais para esperar.
Há que agir, antes que seja tarde.