Da Reuters Decidido a disputar a sucessão presidencial de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vem realizando manobras precisas em busca de apoio e visibilidade, procurando afastar a fama de político agressivo.

Na mira, tanto as aproximações com rivais como Geraldo Alckmin e Orestes Quércia, quanto a atração do empresariado e mesmo de sindicalistas.

Mas ainda terá de enfrentar desafios.

O principal vem de dentro, com a disposição, até agora inabalável, do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de também concorrer à Presidência.

Mesmo que o PSDB paulista possa estar com Serra, a rivalidade com Aécio é consistente e pode levar o partido a realizar prévias internas, colocando a céu aberto um racha que não se sabe as consequências. “As prévias aumentam as chances de Aécio, que pode atrair o voto das bases do partido, apesar da vantagem de Serra junto (à cúpula) do partido”, disse à Reuters Cláudio Gonçalves Couto, cientista político da PUC-SP e da FGV-SP.

Na faixa de 40 por cento de intenção de voto para presidente em pesquisas recentes, Serra, economista de 66 anos, perdeu pontos para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda tem 30 pontos acima dela, segundo o instituto Sensus.

Na faixa de 20 por cento, Aécio tem cerca de metade do companheiro tucano.

Dilma, com 13 por cento, chegará aos 20 por cento no início da campanha oficial, preveem analistas.

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