Do Supremo Tribunal Federal (STF), a senadores e ministros, a chacina do último sábado (21) em Pernambuco não para de repercutir.

O fato mais recente é a divulgação, por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de fotos com os quatro seguranças assassinados com armas em punho, na Fazenda Consulta, em São Joaquim do Monte, Agreste do Estado.

Em nota enviada à imprensa, a direção estadual do MST disse que os acampados nas fazendas Consulta e Jabuticaba estavam sendo ameaçados pelos seguranças, chamados por eles de “pistoleiros”.

O proprietário das terras, Stemilton Guedes, informou, no entanto, que contratou os rapazes para se proteger das sucessivas invasões dos sem-terra.

No sábado, João Arnaldo da Silva, 40, José Wedson da Silva, 20, Rafael Erasmo da Silva, 20, e Wagner Luís da Silva, 25, foram mortos a tiros.

Segundo a polícia, eles tentavam tomar fotografias feitas por sem-terra, que os mostram armados circulando pelo terreno.

O Incra, confirmou a versão do proprietário das terras, de que o espaço não poderia ser desapropriado para reforma agrária.

Nessa quarta (25), o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, cobrou mais ação do Ministério Público e voltou a criticar as invasões dos sem-terra.

Hoje (26), por sua vez, o líder dissidente do MST, José Rainha Júnior, cobrou do ministro o mesmo tratamento dispensado ao banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity e acusado de corrupção.

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