Deu no Blog de Divane Carvalho É de fazer chorar Quem é de fato bom pernambucano já notou, faz tempo, que o carnaval do Recife está por um fio.

Isso mesmo, quase se acabando de tão descaracterizado que ficou, desde que os petistas assumiram a Prefeitura e inventaram esse tal de Carnaval Multicultural que tirou dos foliões aquela animação natural, marca registrada dos recifenses.

E se nos carnavais antes da Era do PT a alegria espontânea comandava blocos, troças, escolas de samba, caboclinhos e maracatus, no modelo petista o Carnaval virou uma festa de convidados.

E os foliões são obrigados a ficar horas no Marco Zero, ou nos diversos polos espalhados pela cidade, sempre aguardando a apresentação dos artistas para então cair na folia.

Essa invenção começou com o ex-prefeito João Paulo e a desculpa era de que o Carnaval precisava ser descentralizado para que a cidade inteira participasse .

O modelito durou os dois mandatos dele e, pelo visto, vai continuar na administração do sucessor, João da Costa, com um agravante: a desorganização é o mais novo componente da festa.

Alguém já viu Carnaval com pouca iluminação e som com defeito no principal palco armado pela Prefeitura?

No Carnaval Multicultural do Recife todo mundo viu, sexta-feira, na abertura da festa, quando Caetano Veloso cantou 10 minutos e saiu quase correndo do Marco Zero porque o som falhou.

Além disso a iluminação era tão fraca que ninguém enxergava direito quem estava no palco.

E não ficou só nisso não.

Na abertura dos festejos carnavalescos, com direito a discursos e salamaleques, a deputada Ana Arraes (PSB) foi barrada na hora de subir ao palco.

Se identificou, disse que era mãe do governador Eduardo Campos, que estava lá com o prefeito João da Costa e nada.

Só teve direito a ficar ao lado do filho depois da interferência de um segurança do Governo do Estado.

Pode?

Cadê assessoria?

No Carnaval Multicultural pode tudo.

Ninguém se espante se no próximo Carnaval a Prefeitura convidar o padre Marcelo Rossi para cantar por aqui.

E o Carnaval do Recife que sempre foi referência de animação, espontaneidade e irreverência, está ficando cada dia mais sem graça.