Incra confirma empresário e diz que fazenda é produtiva Fazenda invadida não poderá ser desapropriada DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE A fazenda Consulta, onde quatro seguranças morreram durante tentativa de invasão do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), no sábado, não pode mais ser desapropriada para fins de reforma agrária, porque foi dividida em quatro partes e não tem mais o tamanho mínimo exigido por lei.

Além disso, há indícios de que seja produtiva.

Segundo o superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Recife, Abelardo Siqueira, as glebas em São Joaquim do Monte (a 134 km a oeste de Recife) são consideradas agora propriedades de tamanho “médio”.

Siqueira diz que apenas latifúndios com áreas superiores a 15 módulos -que podem ter entre 15 a 75 hectares- são passíveis de desapropriação.

Antes de ser dividida, diz ele, a Consulta possuía o equivalente a 28,6 módulos.

Após a divisão, cada área passou a ter, em média, 7,1 módulos.

O superintendente esteve ontem no local e disse ter visto indícios de que as terras são produtivas, como plantações e gado.

Nesse caso, a fazenda só poderia ser destinada à reforma agrária se os proprietários concordassem em vendê-la.

Como alternativa, o Incra pretende tentar negociar outra propriedade, também invadida pelo MST.

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