Prezado Jamildo, Seguem algumas considerações acerca da nota do MST, divulgada no Blog, pedindo a V.Sa., que exercendo o direito de defesa, e visando a verdade dos fatos, que a mesma também seja colocada no Blog, visto que meu nome consta na referida nota.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Stemilton Guedes Nota de resposta: A verdade acerca do conflito nas fazendas “Jabuticabas” e “Consulta” no município de São Joaquim do Monte (PE) Parte da área em conflito é uma fazenda que pertence há muitas décadas à família Azevedo Guedes.

A propriedade legítima é confirmada pela justiça que já concedeu 9 (nove) reintegrações de posse, ante as 9 (nove) invasões sofridas nos últimos 4 (quatro) anos.

Reitere-se que em apenas 04 (quatro) anos o MLST/MST já promoveu 09 (nove) invasões, sem que uma única vez o movimento ou seus dirigentes tenham sido punidos ou ao menos advertidos de que tal prática não se encontra de acordo com um estado democrático, sendo tal prática uma violação as leis brasileiras.

Cabe perguntar por que a justiça daria reintegração de posse NOVE VEZES a alguém que não fosse legítimo proprietário?

Que direito tem esses invasores de chegar ao imóvel e DAR UM PRAZO DE 24 HORAS para os legítimos proprietários saírem de seus bens legais?

Pois isso aconteceu nas últimas invasões, num verdadeiro deboche à justiça, que por NOVE VEZES reconheceu a posse legítima dos proprietários.

Registro que em 26.06.2008 o INCRA, através do Ofício SR-03/1540, declara que o imóvel (247 ha) é impróprio para fins de Reforma Agrária, e se V.Sa. desejar posso lhe enviar cópia de tal documento.

Pois bem, em face deste documento ocorreu uma reunião com a presença da Juíza de Direito de São Joaquim do Monte, de representantes dos SEM TERRA, do Sr.

Promotor Agrário, dos proprietários das terras e de outras pessoas que tiveram interesse de participar.

Nessa reunião ficou esclarecido que o imóvel não tem condições de ser desapropriado para fins de Reforma Agrária, e que, portanto, a partir de então, não ocorreriam novas invasões.

No entanto, não foi o que ocorreu, o citado movimento não respeitou o pactuado na reunião, em total desrespeito não só para com os proprietários, mas principalmente para com o Poder Judiciário e para com o Ministério Público do Estado de Pernambuco, que promoveram a citada reunião.

Inconformados com o posicionamento do INCRA, essas lideranças reacenderam o conflito a as sucessivas invasões recomeçaram, registrando que é fato público e notório a estreita relação entre o INCRA e tais movimentos, e se o INCRA oficialmente reconhece a impropriedade da terra para reforma agrária, não há porque tais movimentos permanecerem causando intranqüilidade e violando a paz social.

Esclareço que quando da última, recente invasão, o juiz de São Joaquim do Monte enviou 3 (três) Ofícios a Polícia Militar, determinando a reintegração de posse, na tentativa de ver cumprida a ordem judicial.

Há duas questões que se sobressaem acerca da dificuldade de que o Poder Judiciário cumpra com as suas decisões: a primeira é que a Polícia Militar se sente desrespeitada, ante a onda sucessiva de invasões e reintegrações; e a segunda é que os integrantes do movimento se sentem acima do Poder Judiciário, vez que invadem sucessivamente, e são retirados por ordem judicial, voltam a invadir e sem que sejam punidos por isto.

Sem sombra de dúvidas a Polícia Militar se sente desprestigiada e incomodada por tal situação.

Angustiado pela situação o subscritor da presente, herdeiro Stemilton Guedes procurou pessoalmente o Governador Eduardo Campos, em Altinho (PE).

O Governador ouviu o relato e o encaminhou para o secretário Waldemar Borges, que mostrou-se impressionado com os fatos e prometeu providências.

A verdade é que pouco depois, foi marcado o dia 19 de fevereiro de 2009 para a efetivação da NONA reintegração, com a presença da Polícia Militar, reintegração esta que ocorreu normalmente como as 08 (oito) anteriores.

O herdeiro da presente se sente ameaçado de morte pelo movimento, visto que pelas informações que recebeu, e ao que tudo indica serem verdadeiras, ocorreu de fato uma emboscada.

Os seguranças foram mortos com tiros na nuca e na cabeça, a distâncias de 200 a 300 metros um do outro.

Os assassinados não se encontravam um junto ao outro!

Não seria isto uma execução?

Os proprietários agradecem de público o interesse do Governador Eduardo Campos, do Secretário Waldemar Borges e dos numerosos amigos que nos vêm prestando solidariedade em toda essa selvageria e falta de respeito à Justiça, que nos atingem corpo e alma.

Reitera ao Ilustre Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, bem como ao Ilustre Procurador Geral de Justiça, que juntos promovam uma ação coordenada do Poder Judiciário e do Ministério Público de Pernambuco, no sentido de dar um basta aos atos abusivos praticados pelos integrantes do Movimento, incitados abertamente por seus dirigentes, no sentido de evitar que mais pessoas sejam vitimadas na região.

Rogam ainda aos acima referidos que dêem alguma proteção aos proprietários da terra, seja em relação a defesa de suas propriedades, seja na proteção de suas vidas.

Atenciosamente, Stemilton Guedes PS: Enquanto havia muito blog de fogo por aí, buscando o próprio eixo depois do Galo da Madrugada, o Blog de Jamildo divulgou a chacina ainda na noite de sábado, com a ajuda de suas fontes da área policial.

Sem deixar de dar a versão do MST.

MST diz que seguranças mortos eram pistoleiros