A Secretaria Estadual de Saúde registrou, no Carnaval de 2009, um aumento de 6% nos atendimentos nas emergências do Estado e uma redução no número de cirurgias e óbitos em decorrência da festa – acidentes, violência, infartos e outros fatores ocorridos nos focos de folia.

Este ano, no período das 19h da sexta-feira até as 7h desta Quarta-Feira de Cinzas, o saldo foi de 9.921 atendimentos, 711 cirurgias e 5 óbitos.

No mesmo período de 2008, o balanço foi de 9.335 atendimentos, 965 cirurgias e 7 óbitos. “Verificamos que o número de atendimentos manteve-se bastante próximo ao do ano passado, com apenas 6% (586) de atendimentos a mais.

Tivemos número menor de óbitos e cirurgias porque menos pacientes chegaram com necessidade de procedimentos cirúrgicos.

De forma geral, as grandes emergências da capital e também do interior funcionaram com tranqüilidade por receberem pacientes dentro do seu perfil de complexidade.

Todos os pacientes graves foram de imediato para os blocos cirúrgicos e unidades de trauma, dependendo do perfil. É assim, com a parceria dos municípios, que queremos oferecer um atendimento mais rápido e eficiente o ano todo”, avaliou o secretário João Lyra.

Das 19h da última sexta-feira até as 19h desta quarta-feira, 17 unidades da rede foram reforçadas com um total de 2872 profissionais, sendo 543 médicos.

Lyra destacou ainda que o êxito do esquema de Carnaval na saúde foi possível graça ao compromisso dos médicos e demais profissionais plantonistas, já que apenas uma falta foi em todo o período.

Dos atendimentos, 5.306 foram na RMR e 4.615 no Interior.

Os hospitais que mais atenderam, na ordem decrescente, durante o Carnaval deste ano, foram o Hospital Jaboatão Prazeres, com 1.685 pacientes, Hospital Geral de Areias (1.028), João Murilo - Vitória de Santo Antão (986), Otávio de Freitas (835), Dom Moura – Garanhuns (781), Getúlio Vargas (778), Belarmino Correia – Goiana (679), Ruy de Barros Correia – Arcoverde (634), Restauração (566), Regional de Palmares (556), Ermírio Coutinho – Nazaré da Mata (518), Agamenon Magalhães (414), Regional do Agreste (402) e Inácio de Sá – Salgueiro (59). “Como se percebe, os hospitais de médio porte, como o Jaboatão-Prazeres, o Geral de Areias e o João Murilo, destacam-se pelo número de atendimento.

Essa é uma tendência que verificamos no ano passado e por isso, desde a semana pré, reforçamos essas unidades.

Elas atendem muitos casos simples, como viroses, dores, mal-estar, alcoolismo, evitando o deslocamento para o HR, que ficou na nona posição em número de atendimentos, porém todos graves.

Isso reforça a tese de que a sobrecarga nos grandes hospitais está na carência de policlínicas e unidades de pronto-atendimento”, argumentou Lyra.

O secretário enfatiza que a campanha educativa e a distribuição de 400 mil folders explicando aos foliões onde procurar o atendimento certo para seu problema de saúde ajudaram os usuários do SUS a se orientarem dentro da rede.

As mortes registradas nos hospitais da rede em decorrência de acidentes ou violência de Carnaval ocorreram nos hospitais HR, com dois casos, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães e Ruy de Barros Correia.

No HR, um folião faleceu atingido por arma branca e outro caiu do trio elétrico.

No HAM, um paciente foi ferido por arma branca e não resistiu.

Em Arcoverde, um paciente foi ferido a golpes de faca, e chegou ao Ruy de Barros sem chances de sobrevivência.

O único caso de morte por arma de fogo aconteceu com um paciente do Getúlio Vargas.