No JC de hoje Um conflito agrário resultou na morte de quatro seguranças da Fazenda Jaboticaba, em São Joaquim do Monte, no Agreste, na tarde do último sábado.
Dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foram presos em flagrante acusados de praticar o crime na Fazenda São José, a oito quilômetros de onde os homens trabalhavam.
O embate já vinha acontecendo desde a quarta-feira quando os integrantes do grupo invadiram local.
Na quinta-feira, os integrantes do MST foram despejados da localidade.
Na sexta, houve ameaça de reocupação da área.
Os sem-terra exigiam uma nova medição do tamanho da fazenda que, segundo documentos do Instituto Nacional de Colônia e Reforma Agrária (Incra), media 240 hectares.
Os trabalhadores afirmam que a área mede 800 hectares.
No dia 19 deste mês, foi dado ao dono da fazenda a reintegração de posse do imóvel.
No momento do crime, João Arnaldo da Silva, 40, José Wedson da Silva, 20, Rafael Erasmo da Silva, 20, e Wagner Luís da Silva, 25, seguranças da Fazenda Jaboticaba, estavam na Fazenda São José, do mesmo proprietário, para tomar as fotos e gravações que os sem-terra teriam feito dos homens carregando armas para proteger a propriedade.
O material poderia incriminar os quatro homens.
Liderados por João Arnaldo, conhecido como João do Taxi, os seguranças foram atrás dos objetos.
Houve um conflito entre os quatro trabalhadores e os quatro seguranças, puxado pelo integrante do MST, Aluciano Ferreira dos Santos.
Paulo Alves Cursino e Aluciano dos Santos foram presos em flagrante, os outros dois integrantes do grupo, ainda não identificados, conseguiram fugir.
Paulo seria o responsável por portar as armas do crime, enquanto Aluciano teria ajudado os outros dois membros que efetivaram os disparos a fugir.
Os dois suspeitos foram levados à Delegacia de Bezerros, no Agreste.
Segundo informações do Promotor Rural, Edson Guerra, a fazenda vinha sendo ocupada frequentemente pelos sem-terra. “O clima de conflito nessa área é muito grande.
Providências devem ser tomadas o mais rápido possível para evitar reincidências”, afirma.
O promotor insiste que deve ser feita uma nova medição da área total da fazenda para certificar qual dos dois lados está falando a verdade e tem a razão.
No Carnaval de 2005, outro conflito agrário aconteceu em Pernambuco.
Três homens assassinaram o soldado da PM Luiz Perereira da Silva.
Ele foi morto quando perseguia um dos acusados no Assentamento Bananeiras, em Quipapá, na Zona da Mata.