A ministra Dilma Rousseff falou abertamente e de forma descontraída sobre a operação plástica que realizou no final do ano passado, ao chegar na Praça do Marco Zero, para participar da abertura do Carnaval do Recife. “É um sucesso de crítica e de público”, brincou, ao ser questionada pela repórter Cecília Ramos, de Política, quando perguntada se estava recebendo elogios.

Apesar de muito solícita, a ministra, ao abordar a mesma questão, não deixou de embutir o que pode ser interpretado como uma crítica ao machismo na política. “Vários dos nossos políticos corrigiram suas bolsas de gordura, fizeram suas plásticas, só que é mais fácil (falar das mulheres)…

A gente não tem vergonha de falar que quer ser mais bonita.

O que eu posso fazer se alguém tem vergonha de falar isto”, afirmou.

Depois de dizer que quer ser mais bonita, Dilma ficou ainda mais informal, especialmente na entrada da Central do Carnaval, ainda no andar térreo do prédio, onde ficam os boxes de venda de artigos carnavalescos.

Ela colocou máscaras, chapeuzão de palha e não se fez de rogada, pousando para tirar fotografias ao lado de futuras eleitoras.

Disse que se sente agradecida e enternecida quando as pessoas pedem para ser fotografas ao seu lado.

Dilma estava bem informalzinha.

Calças vermelhas, blusa branca vaporosa e sapatos abertos, mas não confortáveis para quem quer cair no frevo.

No começo, ela perguntou ao prefeito João da Costa (PT), se maracatu era bloco, mas menos de meia hora depois já estava bastante familiarizada com as manifestações pernambucanas.

Falou do segredo da flor do caboclo de lança, “aquele do maracatu rural”, e depois até da la ursa, que só tem praticamente aqui em Pernambuco.

Ela disse que tinha uma la ursa esperando por ela no aeroporto, onde foi recebida com festa.