Antônio Ribeiro, de Paris, na Veja A Promotoria Pública da Zurique acaba de emitir um comunicado confirmando que Paula Oliveira admitiu, no dia 13 de fevereiro, ter mentido para polícia: “A brasileira de 26 anos, que tinha dito que foi atacada no dia 9 de fevereiro de 2009 na estação de trem de Stettbach, em Zurique, voltou atrás em suas afirmações à polícia.” Segundo a promotoria, Paula confessou que não houve agressão e que ela mesma se mutilou.

A revista semanal suíça Die Weltwoche afirma que Paula teria assinado a confissão da farsa, informação que seu advogado Roger Müller não negou até agora.

A Folha de São Paulo diz que publicação é “próxima da direita nacionalista” suíça.

Isso não significa uma desvantagem, no caso.

Ao contrário, para a credibilidade da informação, tanto melhor que a publicação seja “próxima da direita nacionalista.” Por quê?

O Partido do Povo Suíço conta com vários ex-policiais em suas fileiras, não só simpatizantes, como também membros.

Por exemplo, o vice-presidente do SVP, Yvan Perrin, foi policial em Neuchâtel.

Consequência: a Die Weltwoche tem mais fontes de informação na polícia suíça do que qualquer outro órgão de imprensa.

Informação, seja qual for, deve ser sempre analisada, jamais menosprezada.

Meu caro leitor, é preciso considerar também que o caso de Paula Oliveira tornou-se um ponto de honra para os suíços.

Eles sentiram-se profundamente ofendidos com as declarações de Lula e do ministro Celso Amorim.

Não será surpresa que a Justiça suíça toque esse caso de forma exemplar.

Faz parte desse processo a predisposição das autoridades suíças de não ferir suscetibilidades no Brasil