Do site do BNDES O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 7,2 bilhões para a construção da Usina Hidrelétrica Jirau.
Os recursos serão liberados para a empresa Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pelo projeto no rio Madeira, que terá capacidade instalada de 3,3 mil megawatts.
O apoio do Banco inclui a implantação do sistema de transmissão associado, que possibilitará o escoamento da energia gerada pela usina até a cidade de Porto Velho.
Também estão incluídos investimentos sociais que totalizam R$ 532 milhões.
A usina, um dos maiores projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai gerar 42 mil empregos, 12 mil diretos e 30 mil indiretos, durante a fase de construção, que vai até fevereiro de 2014.
Trata-se de empreendimento indispensável para o suprimento de energia elétrica do país a partir de 2012, face à antecipação do cronograma de implantação em relação ao previsto pela ANEEL.
Além disso, trata-se de fonte de energia limpa, que poderá proporcionar redução significativa de emissões de gases associados ao efeito estufa.
As condições definidas pelo banco contribuíram para a modicidade tarifária, uma vez que permitiram a venda de energia no mercado regulado ao preço de R$ 71,37 megawatts/hora, apresentando um deságio no leilão da concessão da ordem de 21,5%.
Do total da energia a ser produzida, 70% já tem colocação garantida no mercado regulado (contratos de longo prazo com grupo de 39 distribuidoras), e 30% da energia será comercializada no mercado livre.
Outro mérito do projeto financiado pelo BNDES está no fato de que a usina representa um novo paradigma na implantação de hidrelétricas de grande porte no Brasil.
Isso ocorre a partir da conjugação de elementos como sustentabilidade ambiental, controle privado com participação societária relevante de empresas públicas, elevado padrão de governança corporativa e promoção do desenvolvimento regional e local.
Parte dos recursos (R$ 3,635 bilhões) serão liberados diretamente pelo BNDES.
Os outros R$ 3,585 bilhões, também do BNDES, serão repassados por meio de um grupo de bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco BBI, Unibanco e Banco do Nordeste do Brasil.
A participação do BNDES será de 68,5% do total do investimento.
Trata-se de um project finance, onde a principal garantia durante a fase de operação serão os recebíveis originados da usina e o penhor das ações da empresa.
A beneficiária é uma Sociedade de Propósito Específico - ESBR - composta por Grupo Suez, Eletrosul, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e Camargo Correa.
A ESBR foi constituída especialmente para a implantação e operação do empreendimento.
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