A Prefeitura do Recife (PCR) conseguiu aumentar a captação de patrocínios mesmo num ano de crise.

Segundo balanço apresentado ontem, R$ 5,590 milhões foram captados – contra R$ 4,430 milhões de 2008.

O mau momento econômico também ajudou na negociação com os artistas.

Segundo a Prefeitura, este ano os cachês se mantiveram iguais ou até mesmo diminuíram, bem como os custos com infraestrutura.

Ontem, a Prefeitura preparou uma coletiva de imprensa para falar da Casa Carnaval Recife Antigo, um dos destaques do ano, que conta com patrocínio da AmBev com a marca Skol e é organizada pela Lead Assessoria.

A AmBev não informou quanto está investindo no imóvel, mas a prefeitura bancará R$ 100 mil do local.

A expectativa do secretário de Turismo do Recife, Samuel Oliveira, é atrair 10% a mais de turistas este ano.

Em 2008, a Prefeitura estimou em 600 mil visitantes no período do Carnaval, que inclui desde a semana anterior ao início dos festejos de Momo.

Segundo Oliveira, a expectativa também é superar os R$ 283 milhões movimentados em 2008 no mesmo período.

A Casa Carnaval funcionará no Recife Antigo, no espaço que já foi ocupado pelo London Pub.

O local estará aberto a partir da sexta-feira como ponto de apoio de cerca de 300 convidados vips da prefeitura e da AmBev.

A entrada é exclusiva para convidados.

Segundo a secretária de Gestão Estratégica, Lygia Falcão, está confirmada a vinda do ministro do Turismo, Luiz Barreto, e é possível que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também passe por lá.

Alegando se tratar de uma empresa com capital aberto, o executivo da AmBev presente à coletiva, Fred Freire, não informou quanto o grupo de bebidas está investindo no Carnaval 2009.

Mas disse que é 30% maior do que o valor do ano passado e que o foco é massificar a marca Skol, que responde por 42,2% do consumo de cerveja no Grande Recife.

A Prefeitura também não informou quanto a AmBev pagou para ser uma das patrocinadores, junto com a Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, Chesf, LG e governo de Pernambuco.

Segundo o secretário de Cultura da Prefeitura do Recife, Renato L, a crise ajudou a negociar os contratos. “Mesmo com a decisão do prefeito de ter um orçamento 30% menor, conseguimos manter a mesma estrutura e o número de polos.

Os artistas ou mantiveram o mesmo cachê ou reduziram.

E os custos com a infraestrutura também foram menores”, revela.