Caro Jamildo: Sou leitor assíduo de seu blog, e gostaría de orientação, ou mesmo solidarismo a uma denúncia que tenho a fazer.

Na verdade, pode ser uma denuncia, ou quem sabe um desabafo…

Tenho três filhos matriculados no COLEGIO ESPECIAL PIEDADE, e esta semana fiquei surpreso com um procedimento deste colégio.

Recebi, através dos meus filhos, uma autorização de entrada no colégio, assinada pela diretora financeira daquela instituição.

O que me deixou surpreso é que a tal autorização tem validade por 30 dias (até o vencimento da próxima mensalidade), ou seja, caso você não esteja adimplente naquele mês, terá de passar pelo constrangimento de se dirigir à secretaria, a fim de que sejam tomadas as providencias cabíveis.

Bem… que o colégio tem direito de cobrar pela mensalidade, não há o que se discutir.

O problema é a forma de fazê-lo.

Coibir crianças e adolescentes???

Será que essa é a melhor forma?

O que serão dessas crianças no futuro tendo tal tratamento tão cedo?

Vejamos…

Para que existem SERASA, CARTÓRIOS DE PROTESTO, SPC, etc?

Será que o uso destes orgãos não seriam os meios legais de cobrança?

Senhores diretores do COLEGIO ESPECIAL PIEDADE, gostaria de lembra-los da finalidade de sua instituição.

Prestar serviço social de ensino escolar ao nível fundamental e médio, claro, com fins lucrativos, e não criar adolescentes revoltados por terem de passar a humilhação perante seus colegas de sala-de-aula, ao serem chamados para comparecer a diretoria financeira da Escola para pedir a autorização de entrada no colégio.

Sugiro aos senhores, com todo respeito, que enviem aos pais ora inadimplentes, mensagens através de seus filhos, ou mesmo através de e-mail, ou em ultimo caso, façam o uso dos meios de cobrança legais, e não criarem situações constrangedoras às nossas crianças, que diga-se de passagem, serão os futuros profissionais do mercado.

Espero que a psicóloga desta instituição possa ler esse “desabafo” e consiga enxergar o bombardeio psicológico que isso pode causar em crianças e adolescentes, bem como o efeito que isso pode ter no futuro dessas pessoas.

Apenas para esclarecer o procedimento adotado para a entrega das “Autorizações de entrada”, meus filhos disseram que foi entregue na sala-de-aula a alguns alunos, e aqueles que não receberam foram convidados a conversar com a diretora financeira.

Segue anexo cópia da autorização.

Peço que meu e-mail não seja divulgado, a fim de evitar represálias a mim e aos meus filhos.

Encaminhei copia desta correspondência ao Ministério da Educação, e Ministério Público-PE a fim de que seja apurado a legalidade destes procedimentos.