Na Veja A brasileira Paula Oliveira, que alega ter sido agredida por neonazistas há uma semana na Suíça, poderá ter a ajuda do Itamaraty para sair do país, evitando assim a abertura de um eventual processo penal por fraude.

A decisão, no entanto, terá que partir da família de Paula, conforme disse ao jornal O Estado de S.

Paulo a consulesa do Brasil em Zurique, Vitória Clever.

Paula, de 26 anos, diz ter sido atacada por skinheads em uma estação de trem nos arredores de Zurique.

Com estilete, eles teriam marcado no corpo da brasileira a sigla SVP, do ultradireitista Partido do Povo Suíço.

Paula também afirma que estava grávida de gêmeas e que teria sofrido um aborto após as agressões.

Mas um laudo do instituto Médico Legal da Universidade de Zurique já desmentiu a gravidez e a polícia suspeita de automutilação.

De acordo com a consulesa, o Itamaraty poderia organizar a saída de Paula antes da conclusão da investigação e da instauração de um processo penal. “Ela é uma pessoa livre, mas a decisão terá de ser da família”, afirmou Vitória.

A outra alternativa seria manter a versão inicial da brasileira e enfrentar as investigações até o fim.

Segundo Vitória, a orientação do gabinete do chanceler Celso Amorim é de que o caso seja resolvido com urgência, para minimizar as consequências políticas do episódio.