O governo do Estado de Pernambuco, através da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI) realiza no próximo dia 18/2, quarta-feira, uma licitação pública na modalidade de Pregão Presencial do tipo Menor Preço.

O edital objetiva contratar serviços especializados de impressão departamental centralizada, que inclui a gestão informatizada de recursos de impressão e cópia de documentos, alocação, instalação e disponibilização de impressoras a laser de médio porte para atender toda a administração do governo de Pernambuco.

Trata-se de uma licitação estimada em R$ 60 milhões, o que gerou o interesse de várias empresas que atuam no setor de terceirização de impressão e que movimenta cerca de R$ 800 milhões por ano no mercado brasileiro.

Para essas empresas, a licitação tem um único objetivo: o de tornar a Lexmark a única companhia capaz de vencer a concorrência, sob a alegação de que o grau de detalhamento técnico do edital foi direcionado para que apenas as impressoras a laser da marca Lexmark possam atender a todas as especificações exigidas na licitação pela ATI.

Com isso, ficariam de fora empresas do porte da Samsung, Kyocera, Ricoh, Canon, entre outras, que tem preços bastante competitivos e em condições de competir e vencer a disputa.

Vale observar que a ATI se preocupou em mascarar o desenho do edital ao incluir entre as especificações técnicas exigências que, além da Lexmark, também podem ser atendidas pela HP.

No entanto, o mercado de terceirização de impressão sabe que a HP não participa desse tipo de licitação públicada baseada no modelo de Menor Preço, pois suas impressoras a laser tem preços mais altos do que o restante do setor. “A inclusão de especificações que atendem as máquinas HP foi uma forma de a agência se justificar que as exigências técnicas contidas no edital não atendem apenas a Lexmark”, afirma um empresário, de uma das empresas participantes da concorrência e que deve acusar a Lexmark de ter viciado as regras do jogo para vencer a concorrência.

O resultado desse processo é que as demais empresas pretendem ingressar com ações (mandado de segurança) na Justiça de Pernambuco com o intuito de anular a licitação da ATI.

Essas ações deverão já acontecer a partir desta segunda-feira.