Por Edmar Lyra (www.edmarlyra.com) Temos acompanhado o uso explícito do cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil e responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento para promover a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010.
A Ministra está em todas.
A cúpula governista está fazendo festa pra inaugurar a Ordem de Serviço da Pedra Fundamental de Projetos que só serão colocados em prática no médio-longo prazo.
Foi assim com a Refinaria de Petróleo, o Estaleiro Atlântico-Sul, entre outros.
Apenas pra citar as inaugurações em Pernambuco.
Imaginemos o que vem ocorrendo no Brasil inteiro.Obras que difícilmente o atual governo colocará em prática, por conta da crise econômica, que o Presidente insiste em intitulá-la de “marolinha”.
A maioria dos projetos terão que ser estendidos em pelo menos dois anos do previsto para a conclusão.
Não se pode, a um ano e meio para a eleição, uma pré-candidata estar em tanta evidência assim.
Seria aceitável se esta pré-candidata não exercesse função pública remunerada e indicada pelo Presidente.
Mas, mesmo assim não poderia se aceitar se colocassem a mesma em eventos oficiais.
Uso da máquina pública o Partido dos Trabalhadores entende bem, que o diga o Prefeito eleito sub-júdice do Recife, João da Costa.
Apesar de ter obtido votação considerável e sendo eleito em primeiro turno, o Prefeito disputou a eleição sub-júdice, sob fortes indícios de uso da máquina e que foram corroborados depois por todas as instâncias que julgaram o caso, apesar de não terem cassado efetivamente o Prefeito eleito, o mesmo teve que pagar multa. É importante que o Ministério Público Federal comece a investigar essas aparições e inaugurações da inaguração do que será inaugurado no médio-longo prazo pelo Governo Federal para dar visibilidade à pré-candidata Dilma Rousseff.
Para haver uma maior isonomia na disputa, mesmo desconsiderando um pouco essa hipótese, visto que quem é governista parte na frente numa disputa eleitoral, é fundamental que as instituições fiscalizem de maneira correta e austera os possíveis abusos de poder político e econômico.Está nítido que Dilma Rousseff vem abusando de poder político para viabilizar-se como potencial candidata ao Palácio do Planalto.
Seus aliados estão fazendo o possível e o impossível para que ela consiga eleger-se, cometendo até atos ilegais como utilizar eventos institucionais para promover a ministra-candidata.