Caro Jamildo Estou absolutamente indignada com que a polícia da Suiça está fazendo com o caso da pernambucana Paula Oliveira, que conheço, não só a ela como a sua família.
Além de não ter investigado a questão no primeiro momento, de ter, desde o começo, tentado desqualificar Paula e agredir até a consulesa do Brasil na Suiça, a polícia vem agora com uma tentativa de desmoralização dela dizendo que não estava grávida.
Isto é demais.
Sabemos que alguém pode se imaginar grávida sem estar, mas jamais vai saber que está grávida de gêmeos e que são mulheres se não tiver feito uma exame, inclusive de ultrassom.
Estamos no aguardo de documentação para, como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia, tentar colocar uma luz nessa discussão.
Os depoimentos que familiares e amigos de Paula nos deram foram de que ela estava realmente grávida e as fotos exibidas na TV e na Internet não deixam margem a dúvida.
A barriga aparece claramente.
Até um pouco grande para uma gravidez de três meses mas compatível com a gravidez de gêmeos quando a barriga da mulher fica, evidentemente, maior.
Este caso está me parecendo com um novo caso Jean Charles, o brasileiro assassinado barbaramente na Inglaterra e que quase vira algoz por obra e graça da polícia inglesa.
Hoje , aliás, saiu a decisão da justiça de que ninguém será punido.
Fosse um inglês o assassinado a coisa seria diferente.
Foi um brasileiro, a culpa é do brasileiro.
Estão tentando fazer o mesmo com Paula e até tentando desmoralizá-la, espalhando uma versão de que ela mentiu para poder, em seguida, fazer com que a tese impensável da autoflagelação possa prosperar.
Agora não ficamos indignados apenas com o fato de neonazistas estarem atacando estrangeiros, no caso uma brasileira e pernambucana, mas da possibilidade de poderem estar sendo acobertados por autoridades do seu próprio país, o que é absurdo e preocupante para o futuro da humanidade.
Abraços Terezinha Nunes