De Economia / JC de hoje O Sindicato dos Comerciários do Recife vem acompanhando de perto os possíveis impactos da crise global sobre as vagas.
Segundo o presidente de entidade, Severino Ramos, quando se compara janeiro de 2008 com o deste ano, se vê que o cenário não sofreu tanta alteração. “Passaram pelo sindicato as demissões de 1.078 pessoas este ano contra 1.016 do ano anterior.
A elevação foi muito pequena e não pode ser associada especificamente ao momento”, explica.
Hoje, estima-se que o comércio emprega 100 mil pessoas.
Para ele, o período posterior ao Carnaval exige atenção. É que parte das vendas está sendo mantida por promoções ou mesmo pela folia de Momo. “Ainda assim, vamos ter a Páscoa, que ajuda a aquecer as vendas de determinadas lojas”, lembra.
Em maio, o varejo tem o segundo melhor momento do ano, com o Dia das Mães, superado apenas pelo Natal.
E se manter o nível de emprego atualmente é algo que se comemora, conseguir uma vaga é uma conquista ainda maior.
O subgerente da nova Multicoisas do Shopping Tacaruna Fernando Didier é um dos que conseguiram se recolocar no mercado de trabalho no final de 2008, quando muitos voltaram para casa sem emprego. “Pensei que ficaria mais tempo procurando.
Em 2004 cheguei a ficar dez meses sem ocupação.
Desta vez foi pouco mais de um mês.
Quando você sai de um emprego e fica muito tempo parado, vai se distanciando das oportunidades”, analisa ele.
A estudante Laura Bezerra, de 17 anos, conquistou o primeiro emprego há menos de dez dias. “Estava procurando uma vaga há um ano.
Estudo à noite e vou trabalhar seis horas por dia”, comemora ela.
A vaga surgiu a partir da ampliação do atendimento nas unidades da McDonald’s, com o início do café da manhã. “Minhas amigas até perguntaram como é que eu consegui um emprego justo agora com essa crise”, admite a estudante.