Em 2009, a Aqualider estima produzir 200 toneladas de beijupirás.

O sócio-diretor da empresa, Manoel Tavares, disse há pouco, em discurso, que “o projeto vai tirar a aquicultura das trevas”.

Ele agradeceu pessoalmente ao presidente Lula pelo incentivo do Governo com autorização da marinha e cessão dos mares por 20 anos.

O ministro da pesca, Altemir Gregolin, também deu seu recado sobre a importância do projeto.

Ele confirmou que a Aqualider tem potencial de conquistar o topo do mercado mundial na produção de beijupirás. “Aqui nasce a piscicultura do Brasil”, disse, entusiasmado.

Hoje, o País produz apenas 1 tonelada do pescado, porque, segundo Gregolin, o beijupirá é um peixe “difícil”, uma vez que não anda em cardume.

As vantagens em relação ao salmão, no entanto, são inúmeras.

Enquanto o salmão demora 3 anos para ganhar 4 quilos, em apenas um ano, o beijupirá engorda 6 quilos. “Vamos colocar as águas da União em produção”, garantiu Gregolin.

Ele exemplificou que o Chile fez isso em 1991 e aumentou a produção de 30 mil toneladas para 860 mil toneladas, o que hoje representa US$ 2,5 bilhões em exportação. “Já se fazia isso com frango, suino e bovino, há muito tempo que deveria ter sido feito com a pesca”, reclamou Gregolin. “O Brasil vai chegar a ser um grande produtor mundial como a China e o Peru”, disse, na fala mais otimista.

Existe mercado para quem quer produzir, de acordo com o ministro, 15% do consumo de peixes no Brasil é para importação.

Com informações de Jamildo Melo, direto do Marco Zero