Da Agência Brasil O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou hoje (13) que a crise mundial não causará uma retração da economia brasileira em 2009.

Segundo ele, ao contrário das previsões pessimistas sobre a situação econômica nacional, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto das riquezas produzidas no país) do Brasil vai crescer no segundo semestre e encerrará o ano com resultado positivo. “A economia brasileira, depois de sofrer alguns impactos no último trimestre de 2008, já dá alguns sinais de recuperação.

Mas é só segundo semestre que ela vai acelerar”, afirmou ele, após participar de uma reunião do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. “Por isso, eu acredito que nós vamos terminar o ano de 2009 com crescimento positivo”, afirmou.

O ministro da Fazenda disse que ainda não sabe de quanto será esse crescimento, mas admite que o percentual de expansão do PIB dependerá, principalmente, de três fatores: da eficácia das medidas para a recuperação da economia norte-americana; das ações do governo federal brasileiro; e também da ousadia dos empresários nacionais. “Se os empresários estiverem confiantes e assumirem posições ousadas, o governo continuará tomando medidas ousadas”, disse. “Juntos, nós construiremos um crescimento maior do que o indicado por essas previsões pessimistas.” Aos empresários, Mantega afirmou em discurso que é preciso evitar que a economia nacional caia na “armadilha da parcimônia”.

Segundo ele, é normal que, em uma crise, todos fiquem apreensivos e cancelem alguns negócios.

Contudo, é preciso enxergar também que a crise é passageira e gera oportunidades que devem ser aproveitadas.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, afirmou que empresários de vários países do mundo, inclusive do Brasil, já estão fazendo poupança para terem os recursos necessários para os investimentos oportunos.

Diniz, que foi um dos palestrantes da reunião do Lide, disse que o setor varejista, da qual sua companhia faz parte, não foi afetado pela crise.

De acordo com ele, os consumidores continuam comprando e isso deve causar a retomada do nível de atividade indústrial, não permitindo, assim, uma suposta retração da economia brasileira.

O presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, também mostrou confiança nos rumos da economia nacional diante da crise.

Ele afirmou que a Nestlé, por exemplo, tem como meta um crescimento real de, no mínimo, 3% em 2009.