Na inauguração do segundo trecho da ferrovia transnordestina, o governador Eduardo Campos defendeu, em discurso há pouco no município de Salgueiro, no Sertão, que os governos passados queriam a disputa entre os Estados do Nordeste, enquanto Lula veio para promover a união. “Durante os últimos anos, a elite nordestina pregou a disputa na região, como se nós pudessemos competir entre os Estados.
Os nordestinos se uniram e elegeram Lula, construíram uma nova realidade política em todos os Estados do Nordeste”, disse. “Em vez de disputar, nos unimos para um jogo maior que é ajudar o Brasil a ganhar a inclusão social, da vida, da oportunidade.
Essa obra, Lula, representa como nenhuma outra, a possibilidade de unir o Brasil, o Nordeste”, complementou o governador.
Eduardo foi buscar na história do País a justificativa para o progresso quase nulo da transnordestina nos últimos anos. “Essa, que é a mais antiga e séria obra inacabada do Brasil, começou com João Goulart, em 1963, é estratégica para o Nordeste. É simbólico estar aqui neste momento, inaugurando a obra da integração”.
O que inaugura-se, de fato, é a segunda etapa da ferrovia.
Lula assinou ordem de serviço para construção do trecho que vai de Salgueiro a Trindade.
Na esteira do prefeito de Salgueiro, Eduardo pediu ainda, no discurso, que o presidente olhasse pela educação dos sertanejos. “Estamos preparando a chegada do progresso, que começa também quando a Universidade do Vale do São Francisco começar a ser implantada em Salgueiro.
Quero fazer coro da necessidade citada pelo prefeito Marcones.
O presidente Lula, que mais fez pelos filhos dos trabalhadores brasileiros terem direito à universidade, vou ver o senhor inaugurar o campo da Univasf aqui em Salgueiro”, prometeu.