Nesta quinta-feira (12), o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, denunciou a participação de 13 cadastradores e do coordenador do cadastramento do Bolsa Família em um esquema de irregularidades no programa do Governo Federal.

Desde a última sexta, a suspeita está sendo apurada pela equipe da nova gestão e já resultou no afastamento de um funcionário público e dos prestadores envolvidos.

Elias foi alertado sobre a irregularidade por uma cidadã que, na plenária popular, realizada no Curado, denunciou indignada a existência de “uma cadastradora que recebia o benefício irregularmente e teria também colocado diversos vizinhos no programa”.

Os cadastradores recebiam salários de R$ 700 cada, tinham carteira assinada, além de todos os benefícios pelo seu trabalho.

A nova gestão conferiu que nenhum deles estaria apto a receber o Bolsa Família, que exije renda per capita máxima de R$120 por família.

Dos 46 cadastradores, 13 tinham seus nomes na base de dados, sendo que 11 já estavam recebendo e outros dois aguardavam a liberação das verbas pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

A empresa terceirizada Iatec, que teve contrato firmado pela gestão passada, já foi avisada da suspensão do vínculo.

A denúncia foi protocolada na Polícia Federal e ao Ministério do Desenvolvimento Social.

Também encaminhada aos Ministérios Públicos de Pernambuco e da União.

O cadastramento do Bolsa Família será interrompido a partir desta sexta-feira (13) até o dia 16 de março.

Neste período será realizada toda a auditoria na base de dados do Bolsa Família e terão início as investigações.

Atualmente, 70 mil pessoas estão cadastradas no programa e 43 mil estão sendo atendidos com até R$ 120 mensais.