O juiz eleitoral Jorge Américo, o mesmo que inocentou na semana passada o presidente da Câmara, o vereador Múcio Magalhães, do PT, da acusação de uso da máquina na PCR, acaba de inocentar o vereador Marco de Bria, acusado pelo MP de uso de contabilidade falsa nas eleições.

Apesar de responder por processo de abuso de poder econômico, o vereador eleito do Recife Marcos de Bria (PTC) foi diplomado sem maiores problemas e também tem chances de se livrar da cassação do mandato.

O juiz, em seu despacho, alegou que o volume de recursos manejado na conta não foi suficiente para mudar o resultado da eleição.

E priu.

Marcos de Bria foi o único entre os 37 vereadores que teve as contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral, responsável por apreciar as contas dos eleitos.

Quem deu a sentença rejeitando foi o juiz Marcelo Russel Wanderley, da 150ª Zona Eleitoral.

No dia 09 de dezembro último, sem alarde.

Ao analisar a prestação de contas de Marcos de Bria, Marcelo Wanderley atestou que houve “flagrante abuso do poder econômico” ao verificar um caixa 2.

Em uma sentença de 18 páginas, o magistrado apontou as três principais irregularidades cometidas pelo político: a obtenção de recursos por “vias escusas”, a não quitação de gastos até a data permitida e a falta de registro do dinheiro arrecadado, que não passou pela conta corrente do candidato como determina a legislação.

Mesmo sem movimentar a conta corrente aberta exclusivamente para contabilizar as doações, Bria declarou à Justiça Eleitoral que arrecadou e desembolsou R$ 36,7 mil.

Sem nenhum centavo na conta oficial da campanha, teria passado 33 cheques sem fundo para fornecedores.

O blog já havia antecipado a situação.

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