Ao tomar posse como desembargador substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), no final da tarde desta segunda-feira, no Pleno do Tribunal, o advogado Ricardo Correia de Carvalho disse que “é reafirmando a independência no julgar, sem contemporizações, que analisarei os fatos tais como se apresentarão, e com base na lei, e somente nela, haverei de me posicionar, sabedor que sou que o bom julgador é aquele que não se deixa influenciar por aspectos extra-autos”.
O novo desembargador também reafirmou seu desejo por mudanças. “Mudanças no Judiciário Estadual, presidente Jovaldo, com o seu fortalecimento, o afastamento dos maus juízes e a efetivação da sempre esperada celeridade processual.
Mas, enquanto não funcionarmos nos dois turnos, juízes relegarem o exercício da magistratura a um segundo plano, se recusarem a cumprir o expediente e a atender satisfatoriamente os advogados, por mais que seja o esforço de V.Exa., da mesa diretora do Tribunal e de tantos outros magistradores que se empenham por essas mudanças, ficará difícil sairmos da incômoda posição recentemente apontada pelo Conselho Nacional de Justiça.
Mudanças na OAB, Presidente Jayme, onde muitos de nós que pugnam pelo fim da reeleição para os cargos de Presidente, senador, Prefeito, e bradam pela representatividade das minorias no parlamento são os mesmos que se contrapõem ao fim da reeleição na nossa Ordem e que não aceitam sequer a representação das mesmíssimas minorias em nossos próprios Conselhos.
Precisamos, aqui, nos unir contra essa excrescência, e empunharmos nacionalmente a bandeira da mudança também na Casa do advogado, levando, sob o comando do nosso presidente nacional Cezar Britto, um democrata e transformador por natureza, o tema à discussão.
Mudanças na política, meus caros amigos, onde a sociedade já não mais agüenta ver os atentados contra a cidadania serem tramados nas portas dos palácios e, já agora, castelos.
Vivenciamos tempos estranhos.
A falta de escrúpulos está levando a sociedade, perplexa, a um fosso moral e ético.
De um lado, pessoas de bem, que acreditam que podem mudar o País.
De outro, sempre buscando as teias intestinas do poder, uma turba que se apossa como um câncer das riquezas da Nação”.