Por Carlos Sampaio Uma verdadeira bagunça!.
Esta foi a frase de espanto que um colega de trabalho e sua esposa, que residem em Curitiba-PR, proferiram ao visitar o bairro de Boa Viagem no final de semana passada.
Eles ficaram decepcionados com a situação de abandono do bairro e da praia urbana mais conhecida do Nordeste.
Embora com seu calçadão reformado, belos prédios e com uma beleza natural inigualável, ainda não estão à altura da importância do Estado de Pernambuco e dos investimentos que aqui estão sendo realizados.
Faltam cuidar dos detalhes, que aos olhos dos visitantes tornam-se verdadeiros absurdos. É inevitável a comparação com outras capitais do Nordeste, onde há uma infra-estrutura preparada para receber o turista com conforto, educação e higiene. À noite do Sábado formos à pracinha de Boa Viagem.
Logo na chegada nos deparamos com uma paisagem não muito agradável.
Um monte de pinguços, prostitutas, cheira-colas e pedintes espalhados pela principal praça do bairro.
A sujeira espalhada por todos os lodos, esgoto correndo a céu aberto.
Faltam fiscalização e ordenamento.
A feirinha de artesanato é “feia” e desorganizada.
O espaço físico não é adequado para tantas barracas.
Os turistas ficam se esbarrando uns nos outros, enquanto os trombadinhas aguardam a oportunidade de dar o “bote” nos menos atentos.
A venda de alimentos beira a imundice, os cheiros de azedo e frituras são insuportáveis.
Fiquei procurando desculpas para tal situação, mas não consegui encontrar tantos argumentos para tantos problemas.
No Domingo, fomos passear a pé pela orla.
O dia estava perfeito para uma praia.
Pena que as cenas de bêbados, prostitutas e sujeira se estenderam até próximo ao Terceiro Jardim.
Os ambulantes, com suas roupas imundas, abordavam as pessoas oferecendo cadeias, bebidas e comidas.
Estas por sinal em estados deploráveis, com uma crosta de sujeira de cor negra; um perigo aos visitantes, que podem sair da praia com um sério problema de pele.
As barraquinhas não padronizadas, imundas, ornamentadas com monte de garrafas de pinga e de outras bebidas “quentes”, contrastam com a beleza da praia e do mar.
Um verdadeiro sindicato da bagunça.
Resolvemos não ficar na praia.
Acompanhei-os até hotel, situado à Av.
Barão de Souza Leão (principal corredor de acesso dos turistas que chegam ao Recife).
Como se não bastasse a precariedade encontrada na beira mar, encontramos a avenida em total estado de abandono.
Sujeira por toda parte e esgotos correndo a céu aberto e calçadas totalmente destruídas e esburacadas, convidando os transeuntes a levar uma topada a cada metro.
Aliás, praticamente todas as ruas do bairro encontram-se nesta situação. À noite saímos para jantar.
Eles queriam comer alguma coisa da terra, como peixe ou frutos do mar, de preferência num restaurante tipo palhoça à beira mar.
Respondi que na beira mar de Boa Viagem só se come “espetinho de gato” e tapioca.
Até quando vamos ignorar as necessidades dos turistas que chegam à nossa cidade?
Faço um apelo ao jovem Secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho, para dar mais importância ao turismo da capital e, em especial, ao bairro de Boa Viagem por representar “A Galinha dos Ovos de Ouro” do turismo da cidade.
Carlos Sampaio Silva Administrador de Empresas csampaiosilva@gmail.com PS: Sou leitor assíduo do seu blog e gostaria de parabenizá-lo pelo profissionalismo e isenção com que trata os assuntos.
PS do Blog: e a quadra de basquete no 1º jardim, única na orla.
Uma vergonha para uma cidade que se diz metrópole.