Na BBC Brasil A Nissan, terceira maior fabricante de automóveis do Japão, anunciou nesta segunda-feira que vai cortar 20 mil funcionários nas suas fábricas de todo o mundo até março de 2010.

Os cortes representam cerca de 9% da força de trabalho da montadora.

Com a medida, a empresa espera reduzir seus custos em 20%.

O principal motivo das demissões, segundo a empresa, é a queda acentuada nas vendas.

Somente no último trimestre de 2008, a montadora registrou queda de 18,6% nas vendas de veículos.

Nos Estados Unidos, seu maior mercado, somente em janeiro deste ano, houve diminuição de 31% na demanda.

Até março, a empresa espera produzir um total de 1,1 milhão de veículos.

Isto significa uma queda de 289 mil unidades, ou 21% a menos em relação ao plano original apresentado em maio passado.

Esta é a primeira vez que a Nissan apresenta resultados negativos desde que o brasileiro Carlos Ghosn assumiu a presidência da empresa, em 1999. “A indústria automotiva mundial passa por um período de distúrbio.

A Nissan não é exceção”, disse ele à imprensa.

A Toyota, maior fabricante de carros do mundo, disse na semana passada que suas perdas serão três vezes maiores do que o anunciado anteriormente.

Honda, Mazda e Mitsubishi também anunciaram perdas operacionais para este ano fiscal.

Números negativos A Nissan registrou entre outubro e dezembro perdas de US$ 915 milhões.

No total do ano fiscal de 2008, as perdas somam US$ 2,9 bilhões.

Em outubro do ano passado, a empresa ainda esperava fechar o ano com um pequeno lucro.

Mas em um comunicado, a Nissan explicou que o impacto da crise econômica mundial foi pior do que o esperado.

Até março estão previstos cerca de 25 mil cortes de vagas na indústria automotiva do Japão.

As últimas montadoras a anunciar demissões foram a Honda e a Mitsubishi, no final de janeiro.

As duas juntas devem fechar cerca de 5 mil postos.

A indústria automotiva mundial sofre perdas históricas por causa da crise econômica.

Nos Estados Unidos, GM e Chrysler, duas das maiores montadoras, foram obrigadas a pegar dinheiro emprestado do governo para continuar no mercado.