O deputado Pedro Eurico (PSDB) botou o dedo na ferida e tratou hoje, na tribuna da Assembleia Legislativa, de um assunto indigesto para os colegas de plenário que têm um espírito corporativista elevado, a mesa diretora da Casa vai se reunir na próxima quinta para tratar do assunto, de acordo com o 2º secretário Sebastião Rufino (DEM).

Com a permissão da mesa diretora da Assembleia, Waldemar Borges (PSB) se licenciou do mandato para retornar ao governo depois de passar apenas dois dias como deputado.

Detalhe: a rápida passagem pelo Legislativo deu-lhe o direito de optar pelo salário de parlamentar (R$ 12,3 mil) – R$ 5,3 mil a mais do que o de secretário.

Waldemar ainda ganhou o “auxílio-paletó”, de R$ 12,3 mil.

Ele assumiu no lugar de José Queiroz (PDT), eleito prefeito de Caruaru.

Agora, que está sentado na cadeira é Amaury Pinto (PR), quarto suplente, que também ganhou a verba para “reformar o armário”.

Eurico alega que apenas os deputados eleitos – e não os suplentes – têm direito de optar entre as duas remunerações, amparados pela Constituição do Estado.