A Secretaria Estadual de Saúde, Cremepe, Simepe, Associação Médica de Pernambuco e os diretores das grandes emergências do Estado estão, reunidos, neste momento, no Mar Hotel, em Boa Viagem, no Seminário das Urgências.
Em evento que se estenderá pela tarde, com participação do vice-governador e secretário de saúde, João Lyra Neto, estão sendo detalhadas propostas para aprimorar o SUS, nas áreas principais de gestão, regulação, recursos humanos, estrutura e financiamento.
Após fazer a abertura do evento, o secretário se colocou à disposição dos participantes para que pudessem fazer sugestões e tirar dúvidas sobre as propostas do Governo do Estado para o setor. “Esse encontro faz parte do termo de compromisso entre o governo e as entidades, para que possamos melhorar a saúde pública.
Essa é a primeira vez em que envolvemos todos em uma discussão profunda.
E, de tudo o que foi proposto ou reivindicado aqui, já estamos dando andamento a 100%, sendo 90% já tem meio caminho andado, como a implantação de Unidades para desafogar as emergências, a abertura do concurso e a melhoria do salário.
Hoje, já estamos pagando o melhor salário do Brasil, seguido do estado de São Paulo”, explicou Lyra.
O conselheiro do Cremepe, Ricardo Paiva, também avaliou positivamente essa integração entre as entidades que formam o SUS. “Este é um momento histórico para estabelecer uma política de emergência.
Nunca houve, como agora, um diagnóstico tão preciso para se iniciar as mudanças”, disse Paiva.
Dentro da programação, o gestor de Urgência e Emergência da SES, Carlos Eduardo Cunha, fez a palestra “Diretrizes nacionais e estaduais da política de urgência e emergência”, na qual detalhou as novas portarias do Ministério da Saúde, que prevêem a regionalização e co-financiamento dos serviços e a implantação de Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).
Na ocasião, Cunha abordou alguns fatores que levaram à sobrecarga das grandes emergências ao longo dos anos. “De 2001 para 2005, cresceu em 144% a frota de motos e, em 20 anos, aumentou em 200% a mortalidade por causas externas (violência, acidentes de trânsito, quedas).
Esse fatores, associados ao envelhecimento da população, levaram a uma grande procura pelos serviços de emergência”, exemplificou.