Depois do Seminário das Urgências, na manhã desta segunda-feira), mais um item do termo de compromisso pactuado entre entidades médicas e Governo do Estado, contou com a participação de representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e Associação Médica de Pernambuco (AMPE), o Cremepe fez cobranças ao Estado.

Na ocasião, foram discutidas propostas para a melhoria nas áreas de recursos humanos, financiamento, regulação, gestão e estrutura do Sistema Único de Saúde, o SUS. “O concurso público para contratação de 540 médicos é um passo importante em relação à falta de recursos humanos, mas não é suficiente.

Além disso, é preciso capacitar e qualificar os profissionais, reciclando-os sempre que necessário”, avaliou o conselheiro do Cremepe, Ricardo Paiva.

Paiva também defende a ideia de elaborar um manual de gestão contendo um conjunto de diretrizes que possam nortear os gestores. “Existem diretores de hospitais que são ótimos administradores, mas não são bons gestores.

Não podemos deixar que os hospitais virem feudos, como acontece com alguns do nosso Estado”, criticou.

Durante o evento, o vice-governador e secretário de saúde, João Lyra Neto, se mostrou à disposição dos representantes para que eles pudessem fazer suas considerações, embora tenha rebatido, com humor, algumas críticas da classe médica. “Parece que estou mais rápido do que a velocidade das informações que estão chegando até vocês”.

Por outro lado, Paiva fez questão de ressaltar que, “pela primeira vez na história está se fazendo um diagnóstico completo da saúde pública, com muito respeito e cordialidade de ambas as partes”.

Apesar da avaliação positiva quanto à integração no seminário, Paiva afirma que dos 26 itens pactuados, dez ainda não foram cumpridos integralmente. “É preciso que haja celeridade nesse processo porque só assim vamos conseguir cessar a evasão dos médicos e atender a demanda reprimida existente”, avaliou.

O Cremepe espera, agora, que seja marcado o segundo seminário referente à saúde da mulher e assistência básica para depois do carnaval. “Precisamos dar condições de absoluta resolutividade aos problemas”, concluiu Paiva.