Caro colegas escritores, diretores da UBE-PE, A exemplo da postura que adotei quando foi comentado na última reunião de que iríamos procurar a oposição ao prefeito do Recife, João da Costa (PT), para “lutar”/“pressionar” por uma decisão favorável à nossa causa do terreno, volto a defender o mesmo ponto de vista colocado na reunião e aproveito para levantar ouros posicionamentos: 1) Antes de fazermos maiores alardes com relação a um assunto jurídico/administrativo, como é o “Caso do Terreno”, devemos ingressar nas vias legais e diplomáticas, a fim de não criarmos arestas desnecessárias com a administração do Recife (PCR/URB) e com o Governo do Estado (CPRH).
Até porque - não que vamos ficar reféns, afinal o terreno é nosso por Lei - mas vamos precisar muito da Prefeitura e dos Governos do Estado e Federal. 2) Nada contra os dois grandes homens públicos Gustavo Krause (DEM) e Joaquim Francisco (DEM), este último inclusive meu amigo pessoal e pessoa pela qual tenho grande estima e admiração.
Mas trazer políticos, seja de qual for a tendência/partido/projeto, para dentro da UBE-PE é dar início a um processo de polarização e politização partidária dentro da UBE-PE, que passaria a ser mal vista por Eduardo Campos, João da Costa, Lula, Taciana Portela, Luciana Azevedo, Luciana Santos, Pedro Eugênio, Renildo Calheiros, entre tantos outros. 3) Porque, antes de buscarmos a oposição, não conversamos com tantos amigos da UBE-PE que estão na base aliada de João da Costa e de Eduardo. 4) A UBE-PE deve permanecer, linearmente e ao mesmo tempo, apartidária e suprapartidária.
Acima do bem e do mal, da esquerda e da direita, para que assim possamos somar forças de todos os lados.
Desta forma, com muito respeito à invejável inteligência do ex-ministro Gustavo Krause e também do ex-governador e também ex-ministro Joaquim Francisco, acho que a “cozinha política”, os “bastidores diplomáticos” e os “interesses pessoais” devem ficar bem escondidinhos nos “offs” e nas “costuras” que não prejudiquem ou comprometam a imagem da UBE-PE.
Sinceramente, adoro política.
Respiro política no meu dia-a-dia, de uma forma ou de outra, desde os meus 14 anos.
Mas, definitivamente, não ingressei na diretoria da UBE-PE para sistematizar a obviedade da picuinha política.
Pelo contrário, acho que a Casa do Escritor Pernambucano é um espaço independente para todos.
Acredito também no diálogo e no entendimento jurídico.
Tiro de canhão que sai pela culatra não interessa para nós.
Estamos numa fase em que a oposição está se munindo de todas as ferramentas e discursos para tentar DETONAR Eduardo Campos e Lula (Dilma, etc.) em 2010 (estamos em 2009).
E usar a UBE-PE como bucha de canhão é complicado.
Sincera e profundamente, discordo do encaminhamento que- diga-se de passagem - não foi discutido com a diretoria, como pensávamos que seria horizontal ao nos reunirmos enquanto chapa.
Se vai Krause e Joaquim, que vá a situação também, que vá o PSTU, o PT, o PSB, o PCB, o MR-8, o PCdoB.
Vamos ampliar a discussão?
Quem sabe assim não nos tornemos uma casa legislativa?
Atensiosamente, Cristiano Jerônimo Diretor de Imprensa Jornalista e escritor– Cristiano Jerônimo