Deu no portal Correio, da Paraíba José Nilson Borges, acusado de ser o dono da arma que matou o advogado Manoel Mattos, já está em liberdade desde às 15h30 desta quarta-feira (4).

Fontes do Portal Correio na Central de Polícia de João Pessoa confirmaram que o juiz substituto da Comarca de Pedras de Fogo, Antonio Eimar de Lima, expediu ontem alvará de soltura para o acusado com determinação de que ele fosse posto em liberdade de imediato.

José Nilson, 31 anos, solteiro, natural de Itambé, é balconista de um mercadinho próximo ao local onde ocorreu o crime, na praia de Acaú, em Pitimbú, litoral Sul do Estado.

Ele estava preso desde o último dia 27 na Central de Polícia de João Pessoa.

Segundo o coronel Kelson Chaves, comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, a arma encontrada em poder de José Nilson Borges, uma espingarda calibre 12, depois de perícia realizada, é a mesma de onde partiram os dois disparos que mataram o advogado.

Manoel Mattos, 40 anos, foi morto na noite do sábado (24).

O advogado era uma das principais testemunhas da CPI do Extermínio, realizada pela Câmara Federal, que identificou grupos de pistoleiros a serviço do crime organizado na Paraíba e em Pernambuco.

Também militante político e ativista dos Direitos Humanos, Manoel Mattos havia encaminhado relatórios sobre a ação dos esquadrões da morte à CPI e organismos internacionais, incluindo as Nações Unidas.

Por essas atividades e postura, o advogado vivia sob constante ameaça e até um ano atrás recebia proteção permanente da Polícia Federal.

A PF suspendeu a escolta depois que o advogado passou a não observar as regras de segurança estabelecidas pelos agentes que o acompanhavam.

Ainda, fontes ligadas ao Portal Correio nas cidades de Itambé (PE) e Pedras de Fogo (PB), *dão conta de que José Nilson está circulando pelas duas cidades, que fazem divisa e são separadas apenas por uma rua, “rindo a toa, enquanto a população está amendontrada e exigindo que seja feita “justiça”.