Citando Millôr Fernandes, para dizer que a polícia só sabe que Caim matou Abel, por causa do samba popular, e não porque tenha lido a bíblia, e citando também o escritor português Eduardo Simões, com a frase “na minha Aldeia tudo era verdade, mesmo a mentira”, os advogados Boris Trindade, Eduardo Trindade e Alberto Trindade, deram entrada hoje, às 10:00 hs da manhã, perante a juíza Andréa Calado Venâncio, na defesa escrita dos kombeiros Marcelo Lira da Silva e Walfrido Jose de lira.
A defesa está feita em 55 laudas digitadas, com 40 documentos, a maior parte consistente em fotografias de pessoas parecidas umas com as outras, para mostrar que “as aparências enganam”.
Os advogados sustentam nas suas razões de defesa que os dois kombeiros são inocentes, vitimas de um erro judiciário e que os verdadeiros assassinos, no crime que eles chamam de “nojento”, acham-se em liberdade, protegidos por poderosos, que a polícia não tem “tutano” para investigar. “A polícia é pródiga em praticar erros, acusando e prendendo pessoas inocentes, mais esses erros só acontecem contra pessoas pobres e desassistidas”, disseram os advogados na defesa dos kombeiros.