Em dezembro, a produção industrial do Nordeste, na série livre dos efeitos sazonais, caiu 8,9% em relação ao mês imediatamente anterior, terceira taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 12,9%.

Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral assinalou recuo de 4,4%, entre novembro e dezembro, acentuando a trajetória descendente observada desde outubro.

No confronto com dezembro de 2007, a indústria nordestina recuou 9,7%, terceiro resultado negativo consecutivo, enquanto no acumulado no ano, assinalou acréscimo de 1,4%, resultado abaixo do fechamento de 2007 (3,1%).

Na análise trimestral, o quarto trimestre de 2008 apresentou queda de 5,2% frente a igual período em 2007 e –5,3% frente ao trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal.

A queda de 9,7% frente a igual mês do ano anterior refletiu, sobretudo, as taxas negativas observadas em nove dos onze setores pesquisados, com o principal impacto sobre o índice geral vindo de produtos químicos (-33,1%); e em menor medida, de têxtil (-29,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-43,5%).

Nesses ramos sobressaíram, respectivamente, os itens etileno, polietileno; tecidos de algodão; eletrodos.

Por outro lado, celulose e papel (12,8%) e vestuário (32,3%) exerceram as pressões positivas, principalmente em função da fabricação de celulose e camisas.

Em base trimestrais, o ritmo produtivo da indústria nordestina desacelerou no quarto trimestre (-5,2%), em relação ao terceiro (2,8%), ambas comparações contra igual período do ano anterior, sendo este o primeiro resultado negativo desde o quarto trimestre de 2003 (-4,8%).

Entre os períodos julho-setembro e outubro-dezembro de 2008, nove ramos diminuíram sua participação, com destaque para produtos químicos, que passou de 2,2% para -19,5%; celulose e papel (de 45,9% para 9,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de 2,2% para -29,0%).

O acumulado no período janeiro-dezembro de 2008 aumentou 1,4%, apoiado nos resultados positivos de sete ramos.

As contribuições mais relevantes sobre a média da indústria vieram de celulose e papel (25,6%), alimentos e bebidas (3,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,6%), impulsionados sobretudo pelos itens: celulose; amendoim; e álcool.

Por outro lado, os impactos negativos mais expressivos vieram de produtos químicos (-4,8%) e têxtil (-6,5%), pressionados em grande parte pelos itens polietileno e tecidos de algodão