Em dezembro, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente recuou 5,7%, em relação ao mês imediatamente anterior, quarto resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 9,4%.

O indicador de média móvel trimestral assinalou a segunda taxa negativa (-3,1%), acumulando perda de 4,4% entre outubro e dezembro.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a indústria pernambucana recuou 6,2% frente a dezembro de 2007, enquanto no indicador acumulado no ano houve aumento de 4,2%.

Na análise trimestral, os resultados do quarto trimestre de 2008 foram negativos, tanto frente a igual trimestre do ano anterior (-2,3%), quanto em relação ao terceiro trimestre do ano – série ajustada sazonalmente (-3,7%).

No indicador mensal, a produção industrial de Pernambuco caiu 6,2%, devido ao desempenho negativo de nove dos onze setores pesquisados.

As principais contribuições negativas vieram de alimentos e bebidas (-5,9%), produtos químicos (-18,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-29,7%), devido, sobretudo, ao decréscimo na fabricação dos itens: açúcar cristal; borracha de estireno-butadieno; pilha ou bateria elétrica.

Por outro lado, as influências positivas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (33,2%) e metalurgia básica (8,8%), em grande parte por conta dos avanços de álcool e vergalhões de aço ao carbono.

Na análise trimestral, após a forte desaceleração observada entre o primeiro (13,8%) e o segundo trimestre de 2008 (1,0%), a indústria de Pernambuco apresentou maior ritmo de crescimento no terceiro (5,8%), voltando a desacelerar no quarto (-2,3%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.

O menor dinamismo entre o terceiro e o quarto trimestres foi observado em nove ramos, com destaque para produtos químicos, que passou de 4,2% para -16,6% entre os dois períodos, alimentos e bebidas (de 6,0% para -1,3%) e produtos de metal (de 5,6% para -9,8%).

No indicador acumulado no ano, a indústria pernambucana cresceu 4,2%, com resultados positivos em oito atividades.

Os principais impactos vieram de alimentos e bebidas (4,1%), metalurgia básica (9,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (54,8%), influenciados pela maior produção dos itens: açúcar cristal; chapas e tiras de alumínio; e álcool, respectivamente.

Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de calçados e artigos de couro (-16,3%) e celulose e papel (-5,6%), em função sobretudo da menor fabricação de calçados de borracha; e sacos, sacolas e bolsas de papel.