O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, destacou o restrito acesso ao crédito e os elevados spreads bancários e taxa básica de juros como as principais preocupações dos representantes da indústria que participam do Grupo de Acompanhamento da Crise.
Eles se reuniram na tarde desta quarta-feira, 4 de fevereiro, com representantes do governo no Ministério da Fazenda.
Segundo ele, no encontro, cada setor relatou como a crise está afetando sua atividade econômica. “As informações que foram trazidas refletem a dinâmica da crise”, disse. “É importante que o governo ouça o setor privado para monitorar cada um dos setores”, acrescentou Monteiro Neto.
Novas medidas de combate à crise deverão ser anunciadas em breve pelo governo, de acordo com o presidente da CNI.
Entre as ações sugeridas pelos empresários estão a desoneração de investimentos e exportações, programas para a área habitacional, ampliação do prazo de recolhimento de tributos, diminuição dos spreads bancários e compensação de créditos tributários. “Trata-se de uma agenda pertinente, com soluções e medidas de caráter pontual que precisam ser agilizadas para ativar a economia”, afirmou.
A atuação do Banco Central na condução da política monetária foi novamente criticada por Monteiro Neto. “Há espaço para promover movimento mais forte, no prazo mais curto possível, para redução da taxa Selic”, avaliou o presidente da CNI.