Setembro de 2006.

Eram iniciadas as obras de reforma da Escola José Alberto de Lima, o Caic, ao lado do Mercadão, no Cabo de Santo Agostinho.

Elas incluíam a criação de um pátio de eventos, a reforma da quadra, iluminação e a criação de um polêmico parque aquático, “necessário ao município”, como dizia o prefeito Lula Cabral, na época.

O gasto foi alto.

Quase R$ 1,5 milhão foram gastos pelo Governo Municipal, sem a promoção de um debate popular.

Deste volume, mais de R$ 400 mil seguiram para a construção de uma piscina que, mesmo depois de inaugurada, só foi usada pelos vândalos que têm acesso livre pelos diversos buracos abertos no gradil que cerca o espaço.

Não é muito difícil acessar a piscina, seja pelo lado de fora ou mesmo por dentro do Caic.

A Guarda Municipal, que deveria tomar conta do espaço público, lá não pisa.

Também não há limpeza das águas que, de tão sujas, já mudaram de cor.

De transparente, agora é verde.

Insetos bóiam aos montes, mortos, num espaço que deveria ser frequentado por estudantes, idosos e até portadores de necessidades especiais.

Visitando o Centro de Referência à Saúde da Mulher, instalado nas dependências do Caic, o vereador Ricardinho (PPS), por acaso, resolveu verificar as condições do espaço.

E declarou-se chocado com o desperdício dos recursos públicos. “É de se estranhar um governo que se diz comprometido com a qualidade de vida da sua população deixar essa piscina entregue nas mãos dos vândalos.

Sem contar o risco que a população está correndo com esse criadouro de mosquitos da dengue”, lamenta Ricardinho. “A dengue mata.

Nos últimos anos, o Cabo de Santo Agostinho tem se destacado com altos índices de incidência da doença”.

Ricardinho vai encaminhar ao Gabinete do Prefeito e à Secretaria de Educação do Cabo um requerimento solicitando a limpeza imediata da piscina. “Quero ver esse espaço sendo usado e não abandonado como está. É inadmissível que tenhamos uma obra que custou tão caro e que nunca trouxe benefício algum a nossa população”, completa o vereador.