O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defende a adoção de estímulos ao comércio exterior.

Segundo ele, neste momento de crise, o Brasil precisa retomar a agenda de apoio às exportações.

Essa agenda inclui a desoneração das vendas externas, a solução para o acúmulo de créditos tributários e a desburocratização dos processos de exportação. “O Brasil ainda penaliza o setor exportador com o acúmulo de créditos tributários e com a taxação das exportações.

Temos de avançar na desburocratização, especialmente na simplificação dos procedimentos aduaneiros”, disse Monteiro Neto.

Ele lembrou que, diante da crise financeira internacional, o país também deve rever as condições de financiamento ao setor exportador.

O presidente da CNI destacou que o saldo negativo de US$ 518 milhões registrado na balança comercial de janeiro confirma a retração dos mercados que compram produtos brasileiros.

Para ele, no entanto, o déficit não deve se repetir nos próximos meses.

O que mais preocupa a indústria no momento é queda acentuada nas vendas externas de produtos industrializados.

De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações de produtos industrializados caíram 29,4% em janeiro de 2009 na comparação com o mesmo mês de 2008.

No mesmo período, as vendas externas de produtos básicos caíram 6,5%.

Na avaliação de Monteiro Neto, o saldo da balança comercial brasileira neste ano será inferior ao de 2008.

A CNI projeta um superávit de entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões para este ano.