Faz, hoje, 38 anos que Bertrand Russell faleceu.
Ele pertenceu a uma família aristocrática inglesa.
O seu avô paterno, Lord John Russell tinha sido primeiro-ministro nos anos 1840 e era o segundo filho do sexto duque de Bedford, de uma família whig (partido liberal, que no século XIX foi muito influente e alternava no poder com os conservadores- “tories”).
A sua mãe, viscondessa Amberley (que faleceu quando Bertrand tinha 2 anos de idade) pertencia a uma família aristocrática, era irmã de Rosalinda, condessa de Carlisle.
Os seus pais eram extremamente radicais para o seu tempo.
O seu pai, o visconde de Amberley, que faleceu quando Bertrand tinha 4 anos, era um ateísta que se resignou com o romance de sua mulher com o tutor de suas crianças.
O padrinho de Bertrand foi o filósofo utilitarista John Stuart Mill.
Russell propôs, em sua autobiografia, um “código de conduta” liberal baseado em dez princípios, à maneira do decálogo cristão. “Não para substituir o antigo”, diz Russell, “mas para complementá-lo”.
Os dez princípios são: Não tenhas certeza absoluta de nada.
Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.
Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.
Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.
Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
Fonte: Wikipedia