Da Agência Brasil Brasília - A taxa básica de juros (Selic) deve terminar 2009 em 10,75% ao ano, e não mais 11% como previa o boletim Focus do Banco Central da semana passada, ou 12% na expectativa do início de janeiro.

A expectativa média do mercado é pessimista, contudo, em relação ao crescimento da economia.

A estimativa para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, que era de 2,40% no início do ano, caiu para 2%, e agora cede para 1,80%, distanciando-se da aposta de 4% do Palácio do Planalto.

O boletim Focus manteve projeção de 3,80% para o PIB de 2010.

Depois da redução de 1 ponto percentual da Selic (de 13,75% para 12,75% ao ano) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de duas semanas atrás, e da divulgação da ata da mesma reunião com sinalizações de que o processo de flexibilização da política monetária vai prosseguir, os analistas financeiros ouvidos pela pesquisa ficaram mais otimistas quanto à redução dos juros básicos da economia.

A pesquisa indica melhora em relação à dívida líquida do setor público, que deve terminar o ano equivalente a 36,30% do PIB, e não mais 36,45% como revelava a pesquisa anterior.

No ano que vem a relação dívida/PIB deve cair de 35,30%, na projeção da semana passada, para 35,20%, de acordo com os entrevistados.

A pesquisa do BC indica também que o dólar deve chegar ao final deste ano com cotação de R$ 2,30, e manteve a expectativa de déficit de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior, em US$ 25 bilhões.

Decorrência natural do menor saldo da balança comercial (exportações menos importações) cuja projeção caiu de US$ 14,50 bilhões para US$ 14 bilhões na comparação semanal.