Na manhã deste sábado (31), fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) autuaram e multaram o navio Ocean Countess, pertencente à empresa CVC Turismo, e único permitido a atracar na ilha de Fernando de Noronha.
Com o embargo, que ainda cabe recurso judicial, a embarcação fica proibida de retornar ao arquipélago.
De acordo com a chefe do Parque Nacional Marinho de Noronha, Fabiana Bicudo, o ICMBIO produziu relatório do último mês de operação do navio e constatou “o descumprimento à série de condicionantes ambientais mínimas, exigidas pelo instituto”.
A exemplo, o Ocean Countess teria desrespeitado o horário e profundidade de navegação e atracado em datas não permitidas. “No ano novo, a ilha já estava com capacidade máxima quando o navio atracou.
O risco ao meio ambiente com o aporte de 650 pessoas em um só dia é muito alto”, justificou Fabiana Bicudo.
Para ela, “a vinda do navio da maneira como estava sendo feita só tem a prejudicar o turismo de qualidade”.
Não somente aos turistas, mas a proibição deverá afetar também os moradores de Fernando de Noronha que atendiam à embarcação.
A chefe do Parque Nacional Marinho reconhece que o embargo vai provocar desemprego, mas acredita que “o prejuízo econômico não justifica a irresponsabilidade ambiental”.
O Ocean Countess substituiu o navio Pacific no começo desse ano.
A embarcação atracava uma vez por semana na ilha, em período de quatro meses por ano.
A empresa CVC Turismo tem direito a contestar o embargo, e o retorno à ilha vai depender de decisão judicial.