Deu na Agência Folha, em Fortaleza A má repercussão sobre a decisão de retirar uma homenagem dada a d.
Hélder Câmara fez com que desembargadores do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 7ª Região, em Fortaleza, recuassem e mantivessem o nome do religioso no prédio que abriga o fórum trabalhista da capital cearense.
A decisão de tirar o nome de d.
Hélder havia sido tomada na semana passada.
Em seu lugar, seria colocado o nome de um ex-desembargador do tribunal, Antônio Marques Cavalcante, morto no ano passado.
Ontem, porém, o presidente da instituição, Antônio Parente, e o Ministério Público do Trabalho recomendaram que a troca fosse anulada, com base na resolução 52 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que prevê a substituição apenas nos casos em que a homenagem denigre o Poder Judiciário.
Assim, para tirar o nome de d.
Hélder do prédio, seria necessário abrir um processo administrativo e provar que o nome dele desfavorece a imagem do tribunal.
Como na votação anterior, o resultado ontem também não foi unânime: três desembargadores mantiveram o voto pela retirada do nome de d.
Hélder, contra quatro contrários.
Nascido e ordenado em Fortaleza, d.
Hélder (1909-1999) tornou-se símbolo da luta contra a ditadura militar e chegou a ser cotado ao Prêmio Nobel da Paz.
Também foi um dos fundadores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).