A sede única do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que será erguida na Ilha Joana Bezerra, terá o nome de Dom Helder Câmara.

A escolha feita pelo procurador-geral Paulo Varejão homenageia o ex-arcebispo de Olinda e Recife que dedicou a vida à defesa dos direitos humanos e aos pobres.

Esta será a segunda homenagem prestada pela Instituição ao sacerdote que já empresta seu nome à sede da Promotoria de Justiça de Olinda. “Dom Helder Câmara representa um símbolo da luta contra aqueles que durante anos no Brasil perseguiram lideranças políticas e religiosas, que se faziam presentes ao lado das pessoas oprimidas pelos governos militares de um período negro para as instituições democráticas do País", comentou Paulo Varejão.

O “Dom da Paz” – como era chamado o arcebispo que chegou ao Recife logo após o golpe militar de 1964 – apesar de sofrer perseguição dos governantes da época, não se intimidou e prosseguiu na sua luta em defesa dos pobres e oprimidos.

Mesmo sendo proibido de falar à Imprensa brasileira, conseguia expressar suas idéias nas homilias das procissões tradicionais ou em conferências nas universidades e durante palestras no Exterior, para onde era convidado constantemente.

O homenageado nasceu em Fortaleza (CE) em 7 de fevereiro de 1909, tendo ingressado ainda jovem na vida religiosa.

Foi bispo no Rio de Janeiro onde criou o Banco da Providência, dando assistência às comunidades de baixa renda, conseguindo a construção de um conjunto habitacional para favelados, além de outras ações destinadas aos pobres.

Entre outras coisas, a partir da década de 50, o bispo Helder Câmara foi um dos responsáveis pelo surgimento da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Conferência Eclesial Latino-Americana (Celam), assumindo corajosamente a linha do Vaticano II, da opção preferencial pelos pobres.

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