O assassinato do advogado Manoel Mattos provocou reação imediata das autoridades do Estado.

O ex-vereador ainda não havia sido sepultado e a pressão para que os responsáveis pelo crime sejam presos já havia começado.

O deputado federal Fernando Ferro (PT) já acionou o Ministério da Justiça, através do ministro Tarso Genro.

Segundo Ferro, em 2005, Mattos entregou um dossiê sobre os grupos de extermínio que agem na Mata Norte. “Iremos exigir uma investigação profunda.” O presidente da OAB-PE, Jayme Asfora, afirmou que vai solicitar que o caso fique a cargo da Polícia Federal.

A vítima já chegou a ter proteção especial da PF, no entanto, o órgão entendeu que não havia mais necessidade da escolta. “A primeira denúncia feita por Mattos de que havia crime organizado na região faz quase dez anos.

A CPI do Crime Organizado já esteve aqui, mas a pistolagem continua na área.

Por isso, é necessária a federalização da investigação”, destacou Asfora.

A atuação do crime organizado na divisa de Pernambuco e Paraíba chegou ao conhecimento da relatora da ONU sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, Asma Jahandir.

Em 2003, ela esteve na região, onde foi recebida por Manoel Mattos.

INVESTIGAÇÃO Alheio aos pedidos para que a Polícia Federal assuma a apuração do homicídio, o superintendente da Polícia Civil da Paraíba, Manoel Magalhães Neto, afirmou que o secretario de Defesa Social e Segurança Pública do Estado, Eitel Santiago, vai designar um delegado especial, hoje, para iniciar as investigações. “Já fizemos alguns contatos preliminares”, adiantou Neto.

Em cidades, do JC