Do site da CNI Brasília – A queda da atividade econômica dos setores de veículos automotores, máquinas e equipamentos, metalurgia básica e alimentos e bebidas derrubou o faturamento real da indústria de transformação em novembro de 2008 ante o mês anterior, numa queda de 9,9% no índice dessazonalizado (recuo de 13% no índice original).
Segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, foi o maior recuo registrado desde o início da série histórica, em 2003.
A retração do faturamento real do setor em novembro, a segunda consecutiva, afetou o emprego industrial.
Depois de mais de 30 meses consecutivos de alta, o indicador de emprego caiu 0,6% em novembro ante outubro, já dessazonalizado.
No índice original a queda foi de 1,3%.
No ano, porém, o emprego registra alta de 4,2%.
Os números apurados em novembro pela CNI confirmaram os sinais de retração da produção industrial registrados no mês anterior. À exceção da massa salarial real, que aumentou 5,4% de outubro e novembro, os demais indicadores tiveram redução de um mês para o outro.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) caiu de 82,6% em outubro, no índice dessazonalizado, para 81,6% em novembro.
No mesmo mês de 2007, o NUCI estava em 83,4%.
As horas trabalhadas na produção caíram 1,5% entre outubro e novembro de 2008, no índice dessazonalizado.
A exemplo do faturamento real, as horas trabalhadas na produção também tiveram em novembro o segundo recuo consecutivo.
No ano, crescem a 5,6% ante os primeiros 11 meses do ano passado.
De acordo com a avaliação dos técnicos da CNI, “a intensa queda do faturamento sinaliza a acumulação de estoques indesejados, o que sugere recuos adicionais da produção industrial nos próximos meses”.