A Prefeitura do Recife quer economizar R$ 40 milhões em 2009 sob o argumento de que são tempos de crise econômica e a necessidade de precaver-se é iminente.
Negou rombo deixado pela gestão do ex-prefeito João Paulo, especulação que veio à tona após questionamento da vereadora Priscila Krause (veja aqui).
A PCR culpou a conjuntura internacional, justificou que já sente queda na arrecadação: em dezembro de 2008, a redução do ISS (imposto sobre serviço) foi de 8,6% - comparada a 2007.
Uma porcentagem susbtancial, que, segundo o secretário de Finanças da cidade, Marcelo Barros, está atrelada à desaceleração da economia mundial.
Na tarde desta segunda-feira (19), o vice-prefeito Milton Coelho e demais secretários que compõem o chamado Comitê de Gerenciamento de Despesas de Custeio do Município receberam os jornalistas para tratar das finanças da cidade.
Deixaram mais dúvidas do que respostas.
Comunicaram que os investimentos em áreas essenciais são intocáveis, a exemplo de saúde, educação, infraestrutura, saneamento, entre outros.
Vão reduzir os custeios da máquina pública e, para tanto, será realizado recadastramento de servidores, análise das consultorias e empresas terceirizadas e mais uma série de cortes (veja lista aqui).
Não ficou claro, no entanto, de que forma chegaram ao valor de R$ 40 milhões, a meta estipulada de economia.
Se feito um estudo dos gastos da PCR, nenhuma informação foi repassada à imprensa.
Que setores são os mais onerosos?
Em relação ao ISS, quais sofreram maior redução?
Afinal, por que a meta é economizar R$ 40 milhões, valor pouco expressivo em cidade com arrecadação de mais de R$ 2 bilhões?
Para todos os questionamentos levantados com insistência durante a coletiva, ouviu-se que os dados ainda serão analisados e que a PCR não possui as informações.
Os secretários vão enviar relatórios, propor cortes de gastos a ser analisados em reuniões do Comitê e “os ajustes serão realizados onde for possível na prática”, argumentou Milton Coelho.
Na teoria, o recifense já foi informado como funciona.