Terça-feira, 20/01/2009 será um momento histórico para os Estados Unidos e para o mundo. É quando Barack Obama assume como Presidente da nação mais rica do planeta.
Afogado em uma crise econômica, o mundo vai assistir a uma passagem histórica de poder.
Poucos pensavam na possibilidade de um negro residir na Casa Branca.
Estamos fazendo e assistindo a história que será descrita nos livros em poucos anos.
Mas antes disso, Barack Obama resolveu contar a sua, e a Editora Gente trouxe para o Brasil, o principio de tudo.
A Editora Gente publica “A origem dos meus sonhos”, livro que conta a trajetória presidente dos Estados Unidos.
O senador pelo Estado de Illinois apresenta numa narrativa não-linear o relato de seus primeiros 33 anos de vida. “A origem dos meus sonhos” traz um relato emocionante, quando o presidente era apenas Barry, uma criança normal e um adolescente envolvido com drogas e bebidas.
Abaixo um trecho do livro e o release.
Anexa, a capa em baixa resolução.
O livro começa com um telefonema informando a morte do pai em um acidente de carro no Quênia. “Naquele momento, o meu pai ainda permanecia um mito para mim”, escreve Obama.
Ele só conhecia as histórias que a mãe e os avós lhe contaram ao longo da infância e da adolescência.
E quem era Barack pai?
O autor o descreve como um queniano da tribo Luo, nascido nas margens do Lago Vitoria numa comunidade chamada Alego.
A aldeia era pobre, mas seu avô foi um agricultor importante.
A partir desse momento, Barack Obama começa a relatar a sua saga.
Ele conta a trajetória do pai até se graduar em Econometria no Havaí, conhecer sua mãe num curso de russo, casar-se e depois abandoná-la quando ele tinha apenas dois anos.
O enredo segue para o momento em que o autor viveu na Indonésia depois que sua mãe, a antropóloga branca americana Ann Dunham, já divorciada de seu pai, casa-se com o indonésio Lolo Soetoro, que assume a criação de Obama.
No país distante e muito apegado ao padrasto, tem contato com as minorias, o boxe e a cultura local.
Com o passar do tempo, Ann se deu conta que o filho começava a esquecer os hábitos americanos e retomou as rédeas de sua educação.
O envolveu no compromisso de acordar às quatro horas da manhã para reaprender o inglês e contava-lhe a vida de negros famosos que fizeram história no mundo.
Veja trecho: “…Drogado.
Puxador.
Foi para esse caminho que eu havia me dirigido: o papel final e fatal do jovem aspirante a homem negro.
Eu não procurava a droga para provar que eu sabia das coisas.
Não naquele momento, pelo menos.
Eu embarcava nessa justamente procurando o efeito oposto, alguma coisa que pudesse estimular questões sobre quem eu era fora da minha mente, alguma coisa que pudesse estabilizar meu coração, dissipar as fronteiras de minha memória.
Eu havia descoberto que não fazia qualquer diferença se você fumava uma bagana na reluzente van nova de um colega branco ou no alojamento de um irmão que você tinha encontrado no ginásio, ou ainda na praia com dois havaianos que tinham abandonado a escola e agora passavam grande parte do tempo procurando uma desculpa para brigar.
Ninguém lhe perguntava se seu pai era um executivo rico e poderoso que traía a esposa ou um joão-ninguém que batia em você sempre que se aborrecia.
Tampouco lhe perguntavam se era só porque você estava entediado ou sozinho.
Todo mundo era bem-vindo no clube dos desamados.
E se a euforia da droga não resolvesse tudo o que deixava você deprimido, pelo menos poderia ajudá-lo a rir da loucura crescente do mundo e a ver toda a sua hipocrisia, toda a porcaria e o moralismo barato…”