O governador de Pernambuco, Eduardo Campos e o presidente da Hemobras, João Paulo Baccara vão assinar, nesta terça-feira (13.01), às 15h, no Hemope, um convênio de cooperação técnica para que a Fundação Hemope passe a produzir Cola de Fibrina, em parceira com a Hemobras.
Com a iniciativa, Pernambuco se tornará o primeiro estado brasileiro a produzir a Cola de Fibrina, que serve para acelerar a coagulação sanguínea em neurocirurgias, cirurgias buco-maxilo-faciais e cirurgias vasculares, além de ajudar no tratamento de pacientes com dificuldade de cicatrização e no controle do sangramento de pacientes hemofílicos.
Na ultima quarta-feira, o governador recebeu Baccara, que comunicou a decisão da companhia.
A unidade receberá R$ 5 milhões para investimentos na construção, compra de equipamentos e custeio.
Caberá ao Hemope ceder o espaço e os técnicos para a implantação da unidade.
A planta terá capacidade de produzir 10 litros da cola por ano, o suficiente para atender entre sete e dez mil pacientes. “A previsão é de que, a partir de 2010 esse volume dobre, chegando a 20 litros/ano”, informou o presidente da Hemobrás.
A produção da Cola de Fibrina também representará uma grande economia.
O material, segundo Baccara, é tão caro que a União não o compra.
Um mililitro está avaliado em R$ 1,2 mil.
Somente alguns hospitais públicos e privados é que adquirem o produto a duas multinacionais. “Além de caro, parte da cola costuma se perder porque as empresas colocam no mercado apenas embalagens de um e três mililitros, quando a maior parcela dos procedimentos cirúrgicos precisa de medidas menores”, disse Baccara.