Aquele País tem pouca riqueza material, tem um povo simples e culto, simpático e sem stress, com índices estatísticos que só são comparados com países altamente desenvolvidos, o que naturalmente não da para fazer comparações com o Brasil (8ª economia do mundo capitalista): população alfabetizada = 99,8%.
De 1959 (1º ano da revolução) a 2007, a quantidade de escolas passou de 7.679 para 12.717, os professores passaram de 22.800 para 258.000, com uma população em torno de 11 milhões de habitantes sendo o País com o maior índice de professores por habitante do mundo.
No IDH 2007 da ONU, o Brasil comemorou o fato de figurar em 70º lugar.
Cuba figura em 51º lugar.
O País conta com 70.594 médicos para uma população de 11,2 milhões (1 médico para 160 habitantes); índice de mortalidade infantil de 5,3 para cada 1.000 nascidos vivos (nos EUA são 7 e, no Brasil, 27); 67 universidades gratuitas.
Dados da Unesco em 2002 mostram que 98% das residências cubanas possuíam instalações sanitárias adequadas (contra 75% no Brasil).
A expectativa de vida na ilha é de 77 anos e no Brasil é 69 anos.
Esses são alguns números que encontramos, a despeito de ser uma pequenina ilha, ao alcance de um tiro de canhão disparado de Miami, que resistiu a uma tentativa de invasão norte-americana (Baía dos Porcos, 1961) e a várias outras de assassinato de Fidel Castro e ações terroristas orquestradas pela CIA, ter um bloqueio econômico e político apenas rompido por países com autonomia como Venezuela, Bolívia, China e alguns paises da Europa.
Continuamos procurando outros sinais de desmandos e anti-democraticos: e os presos políticos?
De fato, há pessoas detidas mas não pelo que pensam, mas pelo que fazem, como organizar grupos financiados pela embaixada dos EUA.
Fora isso, todas as personalidades importantes da dissidência estão em liberdade, mantendo suas atividades políticas como Martha Beatriz Roque, Vladimiro Roca e Oswaldo Paya. É importante ressaltar que Cuba sofreu intensamente com o terrorismo nos últimos 40 anos, perfazendo mais de 3.500 mortos.
Documentos oficiais dos EUA confirmam o financiamento de cubanos exilados para promover ações contra o governo cubano.
O museu na Praia Giron (ou Baia dos Porcos) é um monumento de denúncia as ações terroristas, iniciadas desde 1961 com o rompimento das relações diplomáticas e a instauração do bloqueio econômico.
Alguns dados: em 1963 o democrata Kennedy, aprova o plano de manter todas as pressões possíveis com o fim de perpetrar um golpe de Estado, obrigando Fidel Castro a viver como nômade.
Nos anos 90, a Lei Torricelli reforça o bloqueio econômico (seção 1705) “Os Estados Unidos proporcionará assistência governamental adequada para apoiar a indivíduos e organizações não governamentais que promovam uma mudança democrática não violenta em Cuba”.
Esta lei vai ser reforçada na administração de Clinton, pela lei Helms-Burton: “O presidente dos EUA está autorizado a proporcionar assistência e oferecer todo tipo de apoio a indivíduos e organizações não governamentais independentes com vistas a construir uma democracia em Cuba”.
O governo Bush não podia ficar atrás e, em 2004 aprovou um financiamento de 36 milhões de dólares para financiar a oposição a Cuba, em 2005 mais 14,4 milhões de dólares, em 2006 mais 31 milhões de dólares além de 24 milhões de dólares para a Rádio e TV Marti, transmitida dos EUA para Cuba neste caso, considerada infração à legislação internacional que proíbe este tipo de transmissão.
Querem impor a Cuba a democracia (sic) que estão implantando no Iraque.
Com fim da União Soviética e a intensificação do bloqueio, nos anos 90, foi instituído o chamado período especial, limites no consumo de combustíveis, energia e alimentação.
Os dirigentes, sobretudo Fidel Castro, tinham que encontrar uma saída e viam no turismo uma alternativa para superar a crise e, sabiam dos problemas que poderia acarretar a abertura para o turismo.
Após investimento no turismo e posteriormente, a criação da moeda turística, cresce a entrada de divisas, possibilitando um rendimento para os trabalhadores destes setores acima do restante da população, ocasionando desigualdade, prostituição, pequenos delitos e até corrupção.
Alguns analistas consideram que vivem em uma quádrupla ilha: geográfica; única nação socialista do Ocidente; órfã de sua parceria com a União Soviética e bloqueada há mais de 40 anos pelo governo dos EUA.
Consciente destes novos problemas, buscam construir respostas coletivas.
Desencadearam um processo de críticas e sugestões, através das organizações de massa e dos setores profissionais.
Até agora, mais de 1 milhão de sugestões foram recebidas e estão sendo trabalhadas.
Continua abaixo